O diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna, e o prefeito de Foz do Iguaçu (PR), Chico Brasileiro, encontraram-se na tarde desta terça-feira (4), na prefeitura, para avaliar os principais projetos desenvolvidos entre a usina e o município e discutir estratégias para ampliar as parcerias.
O encontro, no gabinete de Chico Brasileiro, também foi uma retribuição à visita que o prefeito fez ao general há dois meses, no dia 4 de abril. Acompanharam a reunião o secretário de Planejamento do município, Elsidio Cavalcante, e o chefe de Gabinete do diretor de Itaipu, coronel Ricardo Bezerra.
“Temos um ótimo relacionamento com o prefeito e uma parceria muito forte com o município de Foz do Iguaçu”, declarou o general, que nesta quarta-feira (6) completa cem dias à frente da binacional. “Queremos aprimorar essa parceria, investindo em projetos que são estruturantes e que vão ficar como legado para a cidade”, completou, citando iniciativas em áreas como infraestrutura, mobilidade urbana, turismo e saúde.
“Foz do Iguaçu precisa muito dessa união de esforços, dessa afinidade, desse trabalho conjunto para que a gente possa prospectar a cidade do futuro que nós buscamos. E Itaipu é imprescindível nesse processo”, avaliou o prefeito.
Na ocasião, Chico Brasileiro também apresentou ao general o projeto do novo porto seco, do Parque Foz Monjolo, do Parque Municipal da Vila A, da duplicação da Avenida das Cataratas, da malha cicloviária municipal, entre outros.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu informou que a empresa está aberta a novas propostas, desde que os projetos tenham conexão com a missão empresarial de Itaipu e atendam às diretrizes da política de austeridade do governo federal, respeitando os princípios constitucionais de legalidade, publicidade, eficiência, moralidade e impessoalidade. Outra condição é não impactar na tarifa de energia.
“Temos buscado ampliar essas parcerias, enxergando a Tríplice Fronteira, envolvendo órgãos do governo federal, pela importância que tem Itaipu para o Brasil”, enfatizou o general. “Percebemos que temos pensamentos e ideias comuns. Vai ser muito fácil avançar para além das promessas, entregando resultados concretos.”
Projetos em andamento
Silva e Luna citou como exemplo a construção da segunda ponte que vai ligar Brasil ao Paraguai, entre os municípios de Foz do Iguaçu e Presidente Franco. A obra, que conta com recursos de Itaipu, já é considerada um marco para o desenvolvimento da região e vai gerar 400 empregos diretos.
O investimento de R$ 448,6 milhões inclui a construção de uma perimetral que irá direcionar o tráfego da nova ponte e também da Ponte Internacional Tancredo Neves, que liga o Brasil e a Argentina, para a BR-277, reduzindo fluxo de caminhões pesados nas principais avenidas da cidade.
Outra iniciativa de Itaipu citada pelo diretor-geral no encontro é o investimento de R$ 64,5 milhões em um plano de expansão e ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), um dos mais importantes para a população de Foz do Iguaçu e região. Os recursos serão investidos nos próximos três anos, gerando empregos e movimentando a economia.
Também estão em andamento as obras do Mercado Municipal na área da antiga Cobal, na Vila A – parceria entre Itaipu, prefeitura e Parque Tecnológico Itaipu (PTI). O projeto prevê a instalação de 70 boxes para atender cerca de 50 empreendimentos – como hortifrutigranjeiros, açougue, peixaria, laticínios e frios, bebidas, mercearia, quiosques e restaurante. A previsão é que o mercado seja inaugurado ainda no primeiro semestre de 2020.
Os investimentos de Itaipu no município incluem uma série de projetos de mobilidade e revitalização urbana, como ciclovias, calçamentos, sinalização e iluminação em diferentes trechos da Vila A e outras regiões da cidade. “São obras que melhoram a qualidade de vida do cidadão”, pontuou o general.
Silva e Luna é o primeiro diretor-geral brasileiro de Itaipu a fixar residência em Foz do Iguaçu, onde está o centro de comando da usina, e orientou toda a diretoria a fazer o mesmo. O diretor-geral também determinou um processo de transferência dos empregados lotados no escritório de Curitiba para a Foz do Iguaçu, como parte da política de austeridade e otimização de recursos da atual gestão.
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