A Justiça do Rio de Janeiro negou, na última semana, provimento ao recurso em processo em que o pastor Silas Malafaia o move contra o ativista gay e ex-presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis.
A decisão, proferida no último dia 29 pelo Colégio Recursal do Rio de Janeiro, é referente a uma queixa movida por Malafaia contra Reis depois que o ativista gay enviou ao Ministério Público Federal uma solicitação para averiguar uma eventual punição contra Silas Malafaia por ele ter dito em seu programa de TV, o “Vitória em Cristo”, que a Igreja Católica deveria “entrar de pau” por eles terem colocado imagens de santos católicos em um contexto erótico durante um desfile da parada gay.
Segundo o site LGBT Athos GLS, o advogado Paulo Iotti afirmou durante sua sustentação oral na audiência que a ABGLT, representada por Toni Reis, se limitou a solicitar que o Ministério Público (MP) estudasse o caso para ver se fala de Malafaia poderia ser vista como ilícita, o que, segundo ele, não pode ser considerado como um ato criminoso por se tratar do exercício regular de direito de denúncia.
O advogado argumentou também que o recuso apresentado pelo pastor não “havia contextualizado a situação”, argumentando que os modelos que representavam os santos católicos na parada gay não foram colocados em posturas eróticas e que a ação fazia parte de uma suposta campanha de prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) nominada “Nem Santo Te Protege. Use Camisinha”.
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