A exportação de celulose feita pela Klabin por Paranaguá está superando as expectativas da empresa. Em abril de 2016, o plano era exportar pelo terminal paranaense 900 mil toneladas por ano da produção da fábrica de Ortigueira, no Paraná. “Já conseguimos escoar mais de 1 milhão de toneladas, tendo pranchas de carregamento em 24 horas muito acima do que esperávamos”, conta o presidente da Klabin, Cristiano Cardoso Teixeira.
Ele cita como um dos aspectos positivos dos últimos anos, entre outras ações, o fim das filas de caminhões. “Os avanços em Paranaguá são incontestáveis e refletem positivamente nos resultados. E é importante ressaltar que o aumento de produtividade também fez com que os maiores armadores do mundo voltassem a fazer escala no Porto, o que é muito benéfico para todo o setor”, ressalta Cristiano.
A Klabin é um dos exemplos de como os investimentos públicos feitos no Porto de Paranaguá, que totalizarão cerca de R$934,9 milhões até 2018, estão garantindo resultados sem precedentes para o setor produtivo. Os números recordes de embarque e o aumento de produtividade demonstram que a logística melhorou e que o campo e a indústria estão conseguindo exportar e importar mais.
“O Porto se tornou um recordista de produtividade”, afirma o superintendente da Cotriguaçu, Gilson Anizelli, lembrando que nos últimos anos o Porto de Paranaguá saiu das páginas policiais para cadernos de economia internacionais. A Cotriguaçu exporta por Paranaguá 95% do que produz, sendo os principais produtos milhões, soja e farelo. “O nosso terminal – que é o mais antigo de Paranaguá e o maior também em capacidade estática – conseguiu atingir e superar a sua meta interna de embarque que era de 2,8 milhões de toneladas no ano e queremos chegar aos 3 milhões”, relatou Anizelli.
Já o presidente da Cooperativa Lar, Irineu Rodrigues, disse é possível acreditar em desenvolvimento quando se tem bons gestores “A logística de escoamento no Porto melhorou muito. Hoje temos um Porto altamente capacitado, que bate recordes consecutivos de produtividade na exportação e importação”, declarou Irineu.
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO – Para o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, as melhorias no Porto de Paranaguá geraram saldo positivo para quem exporta o que produz. “Os custos do produtor eram altos devido a falta de produtividade na operação portuária, que mantinha prêmios negativos”, diz Lourenço. “Hoje está perfeito, a produção fluindo sem gargalos em Paranaguá e isso se deve a uma gestão de qualidade”, afirmou. A expectativa da Cooperativa é que a safra de 2018 seja tão boa como a de 2017.
No setor de fertilizantes os resultados também são positivos. A multa sobre estadia para os importadores pelo descumprimento dos prazos de contrato – a demurrage – caiu cerca de 72,3% nos portos do Paraná nos últimos seis anos. Os dados são de um estudo feito pelo Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos).
Em 2011, o valor da demurrage por tonelada de fertilizante era de U$ 16,88. Em 2016, o valor da multa sobre estadia caiu para U$ 7,05 por tonelada e, em 2017, para U$4,68 o preço por tonelada, representando uma redução de 72,3% na comparação com 2011.
O setor pagou em 2011 cerca de US$ 100,5 milhões em multas sobre estadia. Já em 2016, os valores gastos com a demurrage foram de U$ 34,4 milhões e em 2017, até o mês de setembro U$19 milhões. “Isso representa uma queda de cerca de 66% no valor pago. É uma evolução fora do comum”, finalizou o gerente executivo do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), Décio Luiz Gomes, e que também representa as indústrias de adubos e corretivos agrícolas do Paraná.
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