Eduardo Rodrigues, O Estado de S.Paulo
O mercado de trabalho brasileiro criou 121.387 empregos com carteira assinada em agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Ministério da Economia.
O saldo de agosto decorre de 1,382 milhão de admissões e 1,261 milhão de demissões. Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram criadas 127.648 vagas em agosto. No mesmo período do ano passado, houve abertura líquida de 110.431 vagas, na série sem ajustes.
O resultado ficou acima da mediana positiva de 98.881 postos de trabalho das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast. O intervalo das expectativas ia de abertura de 29.000 a vagas a criação de 129.940.
No acumulado de janeiro a agosto de 2019, o saldo do Caged foi positivo em 593.467 vagas, o melhor desempenho para o período desde 2014, quando a abertura de vagas chegou a 751.456, na série com ajustes. No mesmo período do ano passado a criação de vagas era de 568.551. Em 12 meses até agosto, houve abertura de 530.396 postos de trabalho.
O resultado foi puxado pelo setor de serviços, que abriu 61.730 postos formais, seguido pelo comércio, com 23.626 postos de trabalho.
Também tiveram saldo positivo a indústria de transformação (19.517 postos), a construção civil (17.306 postos), a administração pública (1.391 postos) e o setor de extração mineral (1.235 postos).
A agricultura fechou 3.341 vagas em agosto e os serviços industriais de utilidade pública tiveram fechamento líquido de 77 vagas no mês.
Emprego intermitente
Os dados do Caged mostram a criação líquida de 6.573 empregos com contrato intermitente em agosto. De acordo com os dados do Ministério da Economia, essa modalidade registrou admissão total de 12.929 trabalhadores em agosto, ao mesmo tempo em que houve 6.356 demissões.
Houve ainda a abertura de outras 2.650 vagas pelo sistema de jornada parcial. As duas novas modalidades foram criadas pela reforma trabalhista.
Salário médio
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve alta real de 1,97% em agosto de 2019 ante igual mês de 2018, para R$ 1.619,45. Na comparação com julho, houve alta de 0,44%, segundo o Ministério da Economia.
O maior salário médio de admissão em agosto foi observado na indústria extrativa mineral, com R$ 2.616,94, puxado pelos salários da Petrobrás. O menor salário médio de admissão foi registrado na agropecuária, com R$ 1.306,25.
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