Por Chico Bartreira, no Fatos Novos, Novas Ideias:
Confiando que vai herdar a maior parte dos votos de Marina e acreditando que o bicho Lula não é tão feio como pintavam, José Serra vai voltar às origens de sua campanha e apostar no voto conservador. A eleição readquire, assim, sua características plebiscitárias que o próprio tucano tentou evitar no primeiro turno.
A primeira questão a ser levantada aqui é a do ressurgimento de um certo populismo de direita com algum aroma fascista. Diferente, nota bem, dos nossos tradicionais populismos de esquerda de Getúlio, Jango e Brizola. Esta novidade decorre da evolução de nossa própria sociedade e do processo democrático.
A convergência para o Centro
De São Paulo para o Sul (para dizer de forma bem simplificada) o Brasil já adquiriu características de uma democracia de massas e de uma sociedade (plena) de consumo. Isto faz com que esta parte do País tenha similaridades, por exemplo, com Israel e alguns países da Europa, a Espanha, digamos.
Quando é assim, nos temas mais gerais, Direita e Esquerda convergem para o Centro e as diferenças só serão notadas em alguns problemas específicos e cruciais. Em Israel a diferença aparecerá na forma com que é tratada a questão palestina. Na Espanha, o diferencial é o jeito de lidar com a imigração de não europeus. (Leia mais)
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