Via blog do Josias de Souza, na Folha Online:
Alguém já disse –salvo engano foi o Getúlio Vargas— que “política é esperar o cavalo passar". No Senado, o alazão se chama “suplência”.
Cavalgando o prestígio eleitoral alheio, empresários, parentes e apaniguados chegam ao plenário da Câmara Alta sem amealhar um mísero voto.
O titular da vaga nem precisa morrer. Basta que assuma algum cargo no Executivo para que o sem-voto vire senador.
Os exemplos abundam. Lobinho no lugar de Lobão. ACM Jr. na vaga de ACM. Garibaldi pai na cadeira de Garibaldi Filho.
Há casos em que o dinheiro fala mais alto que os laços familiares. O sujeito às vezes nem tem princípios. Mas dispõe dos meio$.
Para citar dois exemplos da legislatura 1995-1998:
1. Gilberto Miranda, um negociante que fez fortuna com métodos heterodoxos, borrifou verbas nas arcas eleitorais de Amazonino Mendes.
No papel de provedor, vestiu-se de suplente. Comprou, por assim dizer, um bilhete premiado.
Amazonino se elegeria prefeito de Manaus e, depois, governador do Amazonas. E Gilberto Miranda virou senador.
2. Sócio da Klabin, Pedro Piva foi colega de Miranda na bancada monetária. Mecenas eleitoral de José Serra, Piva escalou a chapa na primeira suplência. (Leia mais)
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