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Seminário debate movimentos sociais e manifestações populares

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Os movimentos sociais ganham as ruas quando a população está insatisfeita com seus governantes e com sistema vigente. Servem como gritos que ecoam numa busca por mudanças, transformações sociais, visando suprimir violações de direitos e denunciar a violência institucional, além de exigir que as demandas populares sejam prioridades nas políticas púbicas do governo.

A recente onda de protestos emergida da indignação popular nos últimos meses será foco de debate, neste sábado (21) durante o Seminário de Movimentos Sociais na América Latina, na V Etapa do Curso de Formação da APP-Sindicato, em Foz do Iguaçu. O evento será no Teatro Barracão, das 8h às 17h, está aberto ao público em geral e tem entrada gratuita.

O seminário tem como prioridade oferecer um resgate histórico da formação político-econômica da América Latina, elucidar a influência sistêmica sofrida pelos países latino-americanos submetidos ao modelo administrativo mundial e disseminar experiências vividas por organismos de resistência popular.

Pretende ainda potencializar reflexões sobre a atual conjuntura política diante as manifestações populares, as estratégias de cooptação utilizada pelos governos a fim de enfraquecer as conquistas populares e repensar as ações protagonizadas pelas classes subalternas.

Programação – Pela manhã o debate se dará pela perspectiva de organizações de esquerda que não compõem o bloco de sustentação do governo federal. Os representantes das organizações Marcelo Gomes (Unidade Classista), Márcia Farher (CSP- Conlutas) e Fausto Arruda (Editorial do Jornal Nova Democracia) terão a tarefa de realizar uma análise das manifestações de junho e apontar quais os desdobramentos possíveis na perspectiva organizacional dos trabalhadores, em especial na educação.

Para aprofundar a discussão e oferecer mais elementos sobre o tema, o período da tarde contará com a presença do professor Mauro Iasi, que fundamentará a análise em torno de conceitos essenciais aos movimentos sociais, relacionado-os ao temas: capitalismo dependente, consciência de classe, partido político e democracia. Iasi é professor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Marxistas e do Núcleo de Educação Popular 13 de Maio.

Histórico – O objetivo da programação é oferecer subsídios para se pensar o cenário político brasileiro e incentivar espaços de politização coletiva. O presidente do Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu da APP-Sindicato, Silvio Borges, ressalta que “formação política é uma das grandes preocupações da direção da entidade. Entendemos que todos os enfrentamentos e conquistas só se convertem em avanço político quando orientados teoricamente visando a superação do capitalismo. Por isso um debate como este tem essa perspectiva”.

O evento pretende estimular o saber crítico dos educadores, estudantes, militantes, formadores de opinião, e demais interessados nas questões que dizem respeito à relação entre lutas sociais, neoliberalismo, regimes democráticos e manifestações populares.

Isso por que, como propõe Iasi “o que importa no estudo de nossas experiências de classe progressa é descobrir os caminhos por onde passou o futuro em construção, os impasses e erros que nos distanciam de nossa meta, para, assim, olhar para frente com mais segurança”.

Movimentos Sociais na América Latina
Local: Teatro Barracão
Data: 21 de setembro (sábado)
Horário: 8 às 17 horas
Entrada gratuita