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Sem salários, funcionários terceirizados cruzam os braços

"Os trabalhadores responsáveis pelo controle da dengue e pela desratização na cidade de Curitiba cruzaram os braços ontem. A paralisação ocorreu porque os 120 funcionários da Saneamento Ambiental e Urbano (SAU), empresa contratada pela prefeitura, não receberam salário, vales-refeição e vales-transporte neste mês." Matéria desta terça-feira (12) na Gazeta do Povo, em que pese que ratos estão tomando conta dos bairros de Curitiba. Íntegra da reportagens em Reportagens.

Sem salários, funcionários terceirizados cruzam os braços

Sem salários, funcionários terceirizados cruzam os braços

Os trabalhadores responsáveis pelo controle da dengue e pela desratização na cidade de Curitiba cruzaram os braços ontem. A paralisação ocorreu porque os 120 funcionários da Saneamento Ambiental e Urbano (SAU), empresa contratada pela prefeitura, não receberam salário, vales-refeição e vales-transporte neste mês.

De acordo com os trabalhadores, o pagamento teria de ter ocorrido no quinto dia útil do mês, ou seja, no último dia 7. A SAU não quis dar qualquer declaração à imprensa, mas, de acordo com os funcionários que fizeram a paralisação, a empresa informou a eles que a prefeitura não havia feito o repasse do dinheiro e por isso o pagamento teve que sofrer atraso.

A prefeitura, no entanto, informou, por meio da assessoria de imprensa, que, de acordo com o contrato firmado com a SAU, o repasse teria que ter acontecido no último dia 10. E, portanto, não havia atraso, já que o dinheiro foi passado ontem, primeiro dia útil posterior ao dia 10.

“A SAU tem de ter uma caixa reserva para qualquer problema eventual”, critica o diretor tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação de Curitiba e região (Siemaco), João Gerônimo Filho.

“Como não recebi o meu salário, tive que atrasar o pagamento da pensão alimentícia do meu filho. Conversei com a mãe do garoto para não ter problema de me prenderem por causa disso”, conta o funcionário da SAU Luigi Marchiori. “Gostaríamos de pedir desculpas à comunidade pela paralisação, mas essa é a única forma de conseguirmos alguma coisa”, afirma João Gerônimo Filho.

Na tarde de ontem, a SAU fez o pagamento do vale-refeição aos funcionários e informou que o depósito do pagamento dos salários teria sido efetuado às 13 horas. O dinheiro, no entanto, não havia entrado na conta bancária dos trabalhadores até as 17 horas. “Enquanto não houver o pagamento continuamos em greve”, afirma Gerônimo Filho. Um nova assembléia foi marcada para hoje, às 7h30, na frente da empresa, para decidir o rumo da greve. Segundo Gerônimo Filho, a SAU é única empresa que presta serviços para a prefeitura que atrasou os pagamentos neste mês.

Themys Cabra