O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, que teve sua delação anulada na Operação Publicano, não depôs nesta segunda-feira (10), em audiência da ação penal referente à terceira fase das investigações. Souza disse que não responderia ao interrogatório por estar “sem advogado”. O juiz Juliano Nanuncio designou um defensor dativo para Souza, mas o auditor não quis que o interrogatório seguisse. Ele alegou que, como seu patrimônio está indisponível, não tem como contratar outro advogado. Com informações de Fábio Silveira na Gazeta do Povo.
O advogado que o defende, Eduardo Duarte Ferreira, está impedido de atuar nesse processo, já que foi denunciado, junto com Souza, em ação penal referente à quinta fase da Publicano – nessa ação, o auditor é acusado de tentar extorquir um empresário para não citá-lo no âmbito da delação premiada. A suposta extorsão teria ocorrido mesmo com Souza preso. O MP entendeu que o advogado também teria participado da extorsão e pediu, como medida cautelar, que Ferreira não converse nem com o seu cliente e nem com nenhum outro réu de todas as fases da Operação Publicano.
O acordo de delação premiada feito por Souza em maio do ano passado foi anulado por conta das suspeitas que pesam contra o auditor na ação protocolada na quinta fase da Operação Publicano. A anulação diz respeito aos benefícios que o réu teria devido à colaboração com as investigações, mas isso não afeta as provas levantadas.
Foto: Roberto Custódio/Gazeta do Povo
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