Com base em dados ainda preliminares, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) informou no domingo (24) que o segundo dia do Enem registrou 55,3% de abstenção. Um recorde no histórico do exame.
O índice superou o observado no primeiro dia do exame, no domingo (17), quando havia sido registrada a marca de 51,5%.
Os números foram apresentados pelo presidente do instituto, Alexandre Lopes, em coletiva à imprensa. Segundo ele, 2,4 milhões de inscritos compareceram para fazer as provas de Ciências da Natureza e Matemática, contra um total superior a 3 milhões de ausentes. “Foi mais do que a gente estava esperando”, afirmou.
Questionado sobre a aplicação do exame em meio ao agravamento da pandemia da Covid-19, Lopes afirmou que, para os mais de 2 milhões de inscritos que compareceram às provas nos dois domingos, foi uma decisão importante.
“Você tem que perguntar a eles. Tivemos milhões de pessoas interessadas em fazer o Enem. Prepararam-se, foram ao local das provas, fizeram as provas”, disse o presidente do Inep.
“E, porque o fizeram, vão poder concorrer às vagas do Sisu no primeiro semestre de 2021.”
De acordo com Lopes, os inscritos que se sentiram prejudicados por incidentes logísticos durante a aplicação dos exames nos dois dias de provas poderão solicitar a reaplicação. Ele encorajou os inscritos que não fizeram as provas a fazer a solicitação.
O pedido deverá ser feito pela página do participante a partir de meio-dia desta segunda-feira (25) até a sexta-feira (29). Os casos, frisa o instituto, serão avaliados individualmente. A reaplicação está prevista para os dias 23 e 24 de fevereiro.
Em relação ao Amazonas, frisou o presidente do Inep, os inscritos não precisam fazer o pedido de reaplicação. Ela será feita para todos os candidatos. Por enquanto, segundo Lopes, as datas estão mantidas.
O mesmo ocorre para 13,7 mil inscritos que comunicaram ausência nos dois domingos de aplicação do exame em razão de terem contraído doenças infectocontagiosas, incluindo a Covid-19.
A realização do exame no momento em que a pandemia do novo coronavírus se agravou foi criticada por diferentes setores da sociedade, mas o governo decidiu mantê-lo.
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