O orçamento para a reforma da Arena da Baixada aos padrões exigidos pela Fifa era um “chute”. A afirmação foi do secretário da Copa, Reginaldo Cordeiro, em resposta ao líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR) em audiência pública na Câmara dos Deputados.
Cordeiro admitiu que a reforma do estádio local, orçada inicialmente em R$ 140 milhões, está calculada agora em R$ 330 milhões. Ele assumiu também que a falta de planejamento no início da preparação do Brasil para a competição prejudicou os trabalhos na capital paranaense.
O líder do PPS concordou que houve um problema de planejamento. Para ele, houve demora em se iniciar o preparo do País para a realização da competição. Segundo ele, a maior parte das obras não sairá do papel e, entre aquelas que estão em execução, os custos já somam mais de R$ 26 bilhões. “A grande piada para o mundo é que a presidente Dilma (Rousseff) prometeu o trem-bala para a Copa”, afirmou.
Bueno criticou também o custo dos estádios. “Eles deveriam custar juntos R$ 2 bilhões, agora já passam de R$ 8 bilhões. Aliás, só o estádio de Brasília já passa dos R$ 2 bilhões”, lamentou.
O deputado Arnon Bezerra (PTB-CE) também reclamou dos “chutes” no cálculo inicial dos custos da Copa e da ausência de um bom planejamento inicial. Ele lembrou, no entanto, que houve um estádio, o de Fortaleza, que custou cerca de R$ 30 milhões a menos que o orçamento inicial previu.
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