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“Se as pessoas não morrerem de coronavírus, irão morrer de fome porque não podem trabalhar” disse o Prefeito da Cidade do Leste

É cada vez maior a pressão dos setores produtivos para reabrir a fronteira com o Brasil. A “reabertura inteligente” do comércio que teve início na última segunda-feira não resolveu o problema dos comerciantes de Ciudad del Este, porque os clientes são brasileiros.
“Ciudad del Este sobrevive do turismo de compras. Se a ponte estiver fechada, ninguém virá e o comércio continua asfixiado, fechando lojas e demitindo trabalhadores”, comentou um dirigente de sindicato patronal. Informações GDia.

O presidente da Câmara de Comércio e Serviços, Juan Vicente Ramirez, propôs uma “abertura inteligente da fronteira”, com testes rápidos aos visitantes. Os comerciantes se ofereceram para doar os insumos para a implantação das medidas sanitárias. Foi proposto uma delimitação do espaço entre Cidade do Leste e Foz do Iguaçu para o intercâmbio comercial.

A proposta dos empresários é realizar pelo menos 100 testes por dia para quem entra na cidade pela Ponte da Amizade para realizar compras. “Podemos conversar com nosso pares de Foz do Iguaçu, que também estão muito interessados na reabertura desta fronteira e devem fazer sua parte”, acrescentou Ramirez.

Durante reunião com os ministros do Interior, da Saúde e da Indústria e Comércio, o prefeito Miguel Prieto desabafou: “Se as pessoas não morrerem de coronavírus, irão morrer de fome porque não podem trabalhar. Pessoas que nunca cometeram crimes sentirão a necessidade de roubar e não culpo o governo, ninguém estava preparado para isso, mas alguma providência precisa ser tomada”.