O deputado Fernando Scanavaca, líder do PDT, ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa esta semana para fazer um apelo dramático em nome dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do Noroeste do Paraná.
“Venho a esta tribuna para falar da saúde pública em Umuarama e região, que passa por uma situação difícil”, disse o deputado.
“Corremos o risco de um colapso total com prejuízos incalculáveis para toda a população noroeste do Paraná”, completou Scanavaca.
De acordo com o líder do PDT, os três hospitais de Umuarama, alegando uma dívida de mais de R$ 4 milhões contraída pelos 21 municípios da 12ª Regional de Saúde, ameaçam paralisar o atendimento a partir de 15 de junho “caso esta pendencia financeira não seja solucionada”.
Scanavaca aproveitou o momento para pedir o apoio dos demais parlamentares para atender uma antiga reivindicação dos moradores do Noroeste do Paraná. “Esta é a oportunidade para que a nossa revindicação para que seja implantado um hospital regional em Umuarama”.
“É uma região carente de um hospital de grande porte”, disse. Infelizmente, segundo ele, a região de Umuarama ainda não tem um hospital regional.
“A população não pode ficar sem atendimento médico porque os gestores da saúde não equacionam um problema que se arrasta ao longo dos últimos anos, a falta de um controle real sobre os pacientes do SUS que são tratados em Umuarama”.
EXCESSO DE DEMANDA – De acordo com o deputado, o sistema público de saúde de Umuarama está sobrecarregado pela demanda gerada com a gestão plena do sistema.
“O prefeito de Umuarama, Moacir Silva, outro defensor da implantação de um hospital regional, tem procurado resolver parte do problema que recaí sobre o município, inclusive batendo às portas do Ministério da Saúde em Brasília reivindicando o aumento do teto do SUS”, informou.
Scanavaca relatou que o prefeito tem buscado encontrar o melhor caminho para oferecer atendimento de qualidade aos usuários do sistema, mas tem encontrado dificuldades na gestão dos recursos que são destinados aos hospitais conveniados.
“O prefeito sabe que, de imediato, vai precisar de apoio das esferas superiores da administração para oferecer uma solução para o impasse que está se criando”.
O líder do PDT disse que as prefeituras não tem condições de resgatar a dívida apresentada pelos hospitais Cemil, Nossa Senhora Aparecida e São Paulo. “Por isso é que vejo, na existência de um hospital regional, a solução definitiva para os problemas que o sistema de saúde pública enfrenta na região noroeste do Paraná”, concluiu.
Interessante. Tem alguma coisa errada aí. O município de Umuarama tem numero de leitos por habitante superior ao preconizado pela OMS. Quase o dobro. Mesmo considerando o atendimento aos pacientes dos demais municipios, o numero é suficiente.
Não dá para entender (nem aceitar) o papo de que os municípios tenham alguma “dívida” com os hospitais de Umuarama. Quem paga os hospitais (e deveria controlar o acesso de pacientes) é a própria prefeitura de Umuarama. Dentro do ordenamento do SUS, não existe (pelo menos não de modo lícito) a figura de municípios “estarem devendo” alguma coisa…
Será que os hospitais (que são de grande porte e complexidade) estarão praticando a famigerada CPF (Cobrança Por Fora)?