O governador Ratinho Junior sancionou a lei proposta pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) que reconhece a utilidade pública da Associação Nubia Rafaela Nogueira (ALGBTI) de Jacarezinho. A entidade, diz Romanelli, realiza trabalho essencial na defesa e promoção da diversidade de gênero, bem como orientação e campanhas voltadas à saúde dos seus integrantes.
“É uma ação que reforça o compromisso com a diversidade e ajuda no encaminhamento de pessoas em situação de risco ao HIV e outras IST’s e também em casos de LGBTfobia, de retificação de nome social, casos de assistência social, orientação jurídica, psicológica, entre outros”, explica o deputado.
Segundo Romanelli, desde que a associação foi fundada, em 16 de julho de 2017, promoveu eventos que reuniu milhares de pessoas, com destaque para as duas edições da Marcha Cultural da Diversidade ALGBTI+ de Jacarezinho, que juntas levaram mais de cinco mil pessoas às ruas da cidade do Norte Pioneiro. A Associação também desenvolve atividades e projetos nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura e entretenimento.
Pioneira — Nubia Rafaela da Rin Zoldan Nogueira, nasceu no dia 23 de dezembro de 1968, em Jacarezinho. Considerada à época uma mulher revolucionária, dinâmica, criativa e lutadora, era também sonhadora, humana, afetuosa, sensível e educada.
Aos 20 anos de idade decidiu lutar contra o preconceito e assumiu a transexualidade. Com isso, sofreu agressões verbais, com consequências psicológicas e sociais. Por 18 anos foi servidora pública na Prefeitura de Jacarezinho, onde atuou na Promoção de Eventos e realizou o primeiro Miss Gay de Jacarezinho, juntamente com Sonia Rodrigues e Abel Pereira da Silva.
Apesar de ser a própria vítima da LGBTFobia, Nubia sempre lutou em busca de justiça. Com o trabalho de acolhimento às pessoas vítimas de violência e, muitas vezes, expulsas de casa, fez a diferença no fortalecimento destas.
Para Romanelli, o espaço que a Associação Nubia Rafaela Nogueira tem criado em Jacarezinho é de conscientização e informação, não apenas para pessoas ALGBTI+, mas também a toda a comunidade regional. “Núbia foi e continua sendo uma referência às meninas travestis que vivenciam dia após dia a dificuldade de se integrarem à sociedade”.
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