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SAMUEL GOMES DEIXA PRESIDÊNCIA DA FERROESTE

O advogado Samuel Gomes, depois de sete anos e meio, está deixando a direção da Ferroeste, única operadora ferroviária pública do país. Gomes iniciou sua trajetória na empresa em janeiro de 2003, como diretor administrativo, financeiro e jurídico, cargo no qual adotou as medidas judiciais que resultaram na retomada da Ferroeste ao controle do Estado em 18 de dezembro de 2006.

Como diretor presidente, Samuel Gomes articulou, em conjunto com forças políticas, econômicas e sociais da região Sul, o movimento pela criação da Ferrosul, empresa dos Estados do Codesul (PR, SC, RS e MS), a partir da base da Ferroeste. A lei que cria a Ferrosul foi aprovada por unanimidade na Assembléia Legislativa do Paraná e aguarda a sanção do governador do Estado. Nos demais estados do Codesul, tramitam as leis autorizando a participação dos mesmos na Ferrosul.

Em 3,5 anos de operação, a Ferroeste foi mais eficiente que a empresa privada que lhe antecedeu. Transportou 5,3 milhões de toneladas, gerou economia de R$ 74 milhões para os produtores apenas em pedágio rodoviário, e R$ 2,1 milhões de ICMS para o Estado. Em sua despedida, Samuel Gomes divulgou carta aos funcionários e carta aberta em que faz um balanço de sua gestão, a qual finaliza: ¨O Padre Antonio Vieira pregou, em 1669, que a pior cegueira é a que acomete os que têm o ofício ser os olhos da República. É preciso atenção e olhos abertos. A cobiça ainda ronda. Lutar pela Ferrosul é amar o Brasil. Continuem contando comigo¨.

Leia a íntegra da carta de despedida de Samuel clicando AQUI

SAMUEL GOMES DEIXA PRESIDÊNCIA DA FERROESTE

Samuel Gomes deixa presidência da Ferroeste e renova confiança na Ferrosul

O advogado Samuel Gomes, depois de sete anos e meio, está deixando a direção da Ferroeste, única operadora ferroviária pública do país. Gomes iniciou sua trajetória na empresa em janeiro de 2003, como diretor administrativo, financeiro e jurídico, cargo no qual adotou as medidas judiciais que resultaram na retomada da Ferroeste ao controle do Estado em 18 de dezembro de 2006.

Como diretor presidente, Samuel Gomes articulou, em conjunto com forças políticas, econômicas e sociais da região Sul, o movimento pela criação da Ferrosul, empresa dos Estados do Codesul (PR, SC, RS e MS), a partir da base da Ferroeste. A lei que cria a Ferrosul foi aprovada por unanimidade na Assembléia Legislativa do Paraná e aguarda a sanção do governador do Estado. Nos demais estados do Codesul, tramitam as leis autorizando a participação dos mesmos na Ferrosul.

Em 3,5 anos de operação, a Ferroeste foi mais eficiente que a empresa privada que lhe antecedeu. Transportou 5,3 milhões de toneladas, gerou economia de R$ 74 milhões para os produtores apenas em pedágio rodoviário, e R$ 2,1 milhões de ICMS para o Estado. Em sua despedida, Samuel Gomes divulgou carta aos funcionários e carta aberta em que faz um balanço de sua gestão, a qual finaliza: ¨O Padre Antonio Vieira pregou, em 1669, que a pior cegueira é a que acomete os que têm o ofício ser os olhos da República. É preciso atenção e olhos abertos. A cobiça ainda ronda. Lutar pela Ferrosul é amar o Brasil. Continuem contando comigo¨.

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CARTA ABERTA DE SAMUEL GOMES

Queridos companheiros e companheiras de Luta pela Ferrosul

Após sete anos e meio, deixo de compor o quadro da Ferroeste. Sou quem mais tempo ficou na diretoria da Empresa em toda a sua história. Neste momento, desfila por minha memória o que se passou comigo e com a Ferroeste neste longo período, mas que agora parece breve, dado à intensidade como foi vivido.

Lembro do primeiro momento em que adentrei a sede da Empresa, no prédio da Secretaria dos Transportes do Estado do Paraná, no início de janeiro de 2003. Fui recebido pelo então presidente e, logo depois, pelo diretor administrativo, que eu vinha substituir. Vim como advogado, um brasileiro que ama o seu País e um homem que ama a humanidade. Um homem que desde sua infância, no então bairro pobre do Capão Raso, em Curitiba, vem buscando guiar-se por este poderoso Norte, que é o sentimento de amor pelo Justo, Bom e Belo. Pelo Bem, em suma. Vim com uma imensa vontade de fazer o que devesse ser feito pela Ferroeste. E que eu não sabia, até então, o que era.

Hoje sei. Deus tinha seus planos. E os mostrou a mim aos poucos. No começo, o que vi foi uma privatização predatória como instrumento de injustiça. Vi que era injusto que o Estado do Paraná tivesse construído uma ferrovia, sem financiamento, nem ajuda federal, por US$ 363 milhões, que ela não estivesse servindo aos propósitos que motivaram a sua construção e que o Estado não pudesse agir porque agrilhoado por um contrato de privatização engendrado por um governo vendilhão e cego.

Assim, foi contra aquele contrato que, de início, movi minhas forças. Durante quatro longos anos, através da palavra escrita e falada, movi uma guerra de libertação da Ferroeste daquele grilhão. Tentei de todas as formas, usando as armas da Política e do Direito, ganhar a sociedade e o Judiciário. A sociedade era preciso ganhar e foi ganha através da difusão da boa nova de que o velho sonho estava de volta, de que a Ferroeste retornaria ao seu glorioso destino tão logo o Estado retomasse a sua ferrovia e que o Paraná devia unir-se na luta por aquele objetivo.

O Judiciário precisava ser e foi convencido com argumentos de natureza técnica, mas, sobretudo, apelando para o sentimento de Justiça que move todo Juiz que mereça este nome. E a Justiça não falhou.

Quatro longos anos de luta, em Cascavel, Curitiba e Brasília. Em 18 de dezembro de 2006, chegamos à vitória. Para trazer a Ferroeste de volta à vida e ao seu destino era preciso romper o grilhão, o contrato de subconcessão, mesmo que para isso fosse necessário eliminar a subconcessionária Ferropar. Era preciso e foi feito. Foi decretada a falência da Ferropar. A Ferropar morreu para que a Ferroeste renascesse. A Ferroeste renasceu em 18 de dezembro de 2006, quando foi retomada pelo Estado. Ali terminou uma fase da minha missão na Ferroeste, a de ser diretor jurídico. E começou outra, da qual me despeço agora, com a alma serena e o coração aquecido pela gratidão, a de ser presidente da Empresa.

A primeira parte da minha história na Ferroeste, iniciada em 15 de janeiro de 2003 e concluída em 15 de dezembro de 2006, foi partilhada apenas com os funcionários que remanesciam da época da sua construção. Eram poucos; onze, para ser exato. Cumpriram, porque não havia outra alternativa, o papel que lhes foi determinado pelo governo da época.

Mantiveram a Empresa em vida vegetativa de 1995 a 2002, o período da longa traição, no qual a cobiça e a cegueira de um governo de triste memória haviam transformado o grandioso projeto da Ferroeste num esquecido guichê à espera de algumas moedas que trimestralmente eram nele depositados pelos saqueadores da ferrovia construída heroicamente pelos paranaenses em parceria com o Exército Brasileiro. Foram momentos difíceis para aqueles poucos funcionários, que jamais deixaram de amar a Ferroeste, como difícil foi o período de luta pela retomada, entre 2003 e 2006. Aos antigos funcionários, companheiros e companheiras que já estavam na Ferroeste quando de minha chegada, a minha gratidão.

Em 18 de dezembro de 2006, naquele dia histórico, os antigos e os novos funcionários da Ferroeste, estes que até então operaram a ferrovia entre 1997 e 2006 sob as ordens da subconcessionária, uniram suas vidas profissionais. E desde então trabalhamos juntos para êxito desta grande empreitada. Aos funcionários oriundos da extinta subconcessionária Ferropar a minha gratidão por haverem acreditado na palavra que empenhei em nome da Ferroeste e do Estado do Paraná, naquela manhã de segunda-feira, dia 18 de dezembro de 2006, nosso primeiro encontro, quando, todos em pé, em frente ao escritório no Terminal de Cascavel, pedi que seguissem trabalhando, nenhum trem fosse paralisado e o serviço seguisse prestado sem interrupção. Eles acreditaram e a palavra empenhada foi honrada: nenhum dia de atraso no pagamento dos salários e direitos trabalhistas, nestes três anos e meio de operação pública. Eles sabem com que esforço.

É hora de dizer adeus. Deixo um sonho realizado, a retomada da Ferroeste, e um sonho a realizar, a completa consolidação da Ferrosul. Em janeiro de 2007, fui recebido num guichê e, com o esforço comum de todos nós, deixo hoje a presidência da única operadora ferroviária pública do Brasil, e que, para a honra e alegria dos paranaenses, é uma empresa à qual já legalmente é atribuído planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos no Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

São três mil quilômetros previstos de novas vias, em três trilhos, com bitola mista, integrando a vasta região do Codesul, seus portos, hidrovias, rodovias e aos países vizinhos, contribuindo para a realização do sonho dos nossos antepassados e nosso de unir a América Latina. O direito de concessão dos trechos planejados pela Ferrosul são ativos que valem bilhões de reais. A Ferroeste, sem os novos sócios que virão com a Ferrosul, é hoje uma das cem maiores empresas do Paraná e uma das duzentas maiores do Sul, e a que possui o menor endividamento, segundo aferiu a consultoria internacional a PriceWaterhouse&Coopers.

Deixo uma Ferroeste melhor do que a que recebi. Em janeiro de 203, recebi a missão de administrar um desvalorizado guichê da máquina administrativa do Estado do Paraná. Deixo hoje ao Brasil uma empresa regional do Codesul em construção, a Ferrosul. A Ferrosul não é um artifício, mas o resultado natural da potencialidade da Ferroeste. A Ferrosul sempre existiu, em potência, em semente, na Ferroeste. A Ferrosul é a Ferroeste realizada, assim como, ensinou-nos Aristóteles, a árvore realiza a semente. Mas em cada semente, disse o sábio chinês Lao Tsé, existem muitos laranjais. O bom caminho não tem fim, nem donos.

Hoje, pela manhã, Deus perguntou-me o que quero deixar como um presente para os companheiros de luta pela Ferrosul. Eu respondi que quero deixar visão. Quero para todos o que quero para mim.

Eu sou daqueles que somente acredita naquilo que vê e só luta pelo que acredita. Quando cheguei, há sete anos e meio, vi um grilhão a ser rompido para libertar a Ferroeste e o rompi, vi a retomada da ferrovia pelo Estado do Paraná, vi uma operadora ferroviária pública brotar, vi esta empresa pública operar com mais eficiência que a empresa privada que lhe antecedeu, vi a ferrovia retomada pela Ferroeste transportar 5,3 milhões de toneladas nestes 3,5 anos de operação, vi gerar de economia para os produtores, apenas em pedágio rodoviário, R$ 74 milhões, vi gerar para o Estado R$ 2,1 milhões de receita de ICMS para o Estado do Paraná, vi a nossa companhia de energia elétrica, Copel, aderir ao plano de expansão da Ferroeste através da troca de créditos de ICMS por energia, vi arrostarmos os constantes boicotes de um monopólio ferroviário cruel que explora a linha da extinta Rede Ferroviária Federal, vi a Ferroeste transportar no nosso trecho, entre Cascavel e Guarapuava, grãos de uma cooperativa com frete 40% abaixo do rodoviário, vi o Paraná unir-se pela construção do ramal da Ferroeste entre Guarapuava e Paranaguá, para que todos os produtores do Oeste do Paraná possam beneficiar-se dos baixos fretes que a Ferroeste pratica quando opera com independência, vi os produtores dos demais Estados do Codesul sonharem com os mesmos benefícios, vi instalarem-se novas empresas em nosso Terminal de Cascavel, vi apenas uma destas empresas celebrar contrato de transporte comprometendo-se com 2,6 milhões de toneladas em trinta anos, gerando receita de aproximadamente R$ 58,6 milhões, vi a Ferroeste adotar com êxito as medidas necessárias à compra de locomotivas e vagões cuja chegada ainda neste ano melhorarão a operação, reduzirão as despesas e aumentarão a receita. Vi as populações do interior do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul levantar-se e conquistarem a extensão do sistema de bitola larga, antes negada ao Sul do Brasil, através do Projeto de Lei Federal nº 5.479, que prevê a construção do trecho entre Panorama/SP e o Porto de Rio Grande e entre Chapecó e o Porto de Itajaí, vi ser assinada por centenas de lideranças empresariais, sociais e políticas regionais a Carta de Chapecó, a Carta de Florianópolis, que marcaram a entrada de Santa Catarina no projeto de integração ferroviária regional, vi olhos brilharem e sorrisos abrirem-se nos massivos e entusiasmados encontros regionais de mobilização pela consolidação da Ferroeste quando a palavra Ferrosul foi por primeira vez pronunciada, ainda como uma idéia vaga, um sonho no seu nascedouro, vi logo depois um turbilhão, um furacão de vontade de união e desenvolvimento varrer nosso rincão, em dezenas de encontros e reuniões, vi ser assinada a Carta de Nonoai em Defesa da Ferrovia Pública da Integração do Sul do Brasil – Ferrosul, documento de ingresso do Rio Grande do Sul na luta e certidão de nascimento da Ferrosul no cartório da história, vi o Parlasul e os Presidentes dos Legislativos estaduais somando-se ao pedido, vi os governadores escutarem o povo e seus representantes e assinarem, em 18 de novembro de 2009, em Campo Grande, a Resolução Codesul nº 1.042/2009 e, trinta dias depois, a Resolução Codesul nº 1.062/2010, vi o então Governador do Paraná a Mensagem nº 025/2010, vi o atual Governador do Paraná, ainda como Vice Governador, levar a mensagem pessoalmente à Assembléia Legislativa, vi a Assembléia Legislativa converter a Mensagem no Projeto de Lei nº 127/2010 e aprová-lo por unanimidade, vi os deputados estaduais paranaenses afirmarem em discursos da Tribuna da Assembléia que o projeto de criação da Ferrosul foi o mais importante aprovado na atual legislatura, vi o Governador do Paraná pedir ao Presidente da República apoio à Ferrosul e vi o Presidente dizer sim, vi a governadora do Rio Grande do sul enviar o Ofício GG/SL – 134 e a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul transformá-lo no Projeto de Lei nº 161/2010, vi a Assembléia Legislativa de Santa Catarina aprovar por unanimidade em primeiro turno a criação da Ferrosul, com a Lei nº 109/2010, vi as Assembléias Legislativas dos quatro estados do Codesul constituírem a Companhia de Desenvolvimento do Extremo Sul com a previsão de que um dos seus objetivos principais é criar as condições para a consolidação da Ferrosul, vi o Codesul – Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul e o Zicosul – Zona de Integração do Centro Oeste da América do Sul, que abrange províncias da Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile e os estados brasileiros do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, assinarem a Carta de Salta atribuindo ¬à Ferroeste/Ferrosul o honroso e desafiador papel de organizar e coordenar o Fórum de Integração Logística Codesul-Zicosul, vi o Paraguai mobilizar-se, produtores e governo, pela integração ferroviária com a Ferroeste e pela construção de uma ponte bimodal em Foz do Iguaçu, vi o projeto de instalação do EADI (Porto Seco) no Terminal da Ferroeste em Cascavel ser aprovado pela Receita Federal, o que trará os produtos paraguaios de volta ao Porto de Paranaguá, vi os uruguaios e brasileiros saudarem a criação da Ferrosul em reunião binacional em Santana do Livramento/Rivera, vi os presidentes do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile comprometerem-se com a construção do corredor ferroviário bioceânico Paranaguá-Antofagasta, vi os produtores da Bolívia da região de Santa Cruz de La Sierra planejarem o uso dos portos do sul do Brasil através da Ferrosul, vi o Porto de Paranaguá saudar a criação da Ferrosul, vi o Porto de Rio Grande e os portos de Santa Catarina fazerem o mesmo, vi a Copel, Itaipu e Lactec – Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento iniciar conosco os estudos para a eletrificação de todo o sistema ferroviário da Ferrosul, vi o Labtrans/UFSC formatando conosco o Plano Diretor de Logística da região do Codesul, vi o governo da China mandar a sua maior empresa ferroviária e o seu Banco de Desenvolvimento procurar parceria com a Ferrosul, vi o General chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro dizer que considera a construção da rede da Ferrosul como o mais importante projeto no qual a engenharia militar está envolvida.

Tudo isso vi.

Vejo o Governador do Paraná, sancionar, em breve, a Lei de Criação da Ferrosul, num grande ato histórico, com a presença e o testemunho dos governadores do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e dos respectivos Presidentes das Assembléias Legislativas e do Parlasul.

Vejo os Estados da região do Codesul, o Brasil e a América do Sul unidos por ferrovias, hidrovias, rodovias, pontes, aeroportos, vôos regulares. Vejo a integração física como pressuposto necessário para a efetiva integração cultural e política. E no coração deste novo sistema logístico sul-americano, vejo a Ferrosul transportando cargas e passageiros, com sua rede de ferrovias eletrificadas, estações, terminais intermodais, centenas de locomotivas, dezenas de milhares de vagões, funcionários altamente capacitados, felizes, bem remunerados e honrados pelo seu trabalho e pelo seu fardamento, em cujas cores o Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, todo o Brasil e a América do Sul se reconheçam.

Isso tudo eu vejo. E só acredito no que vejo. E só luto pelo que acredito. E quando, em algum momento, sou acossado pela tentação da descrença, recorro às palavras do gênio alemão Goethe: “Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia possui em si mesma Genialidade, Poder e Magia”. Quando disse isso, Goethe certamente estava pensando na Ferrosul.

Quero agradecer aos diretores que administraram a Ferroeste juntamente comigo depois da sua retomada pelo Estado do Paraná, Ademir Bier, Saulo de Tarso Pereira, Paulo Marques e Lino Antonio Gomes. A contribuição de cada um deles, em diferentes momentos e graus, foi fundamental levarmos o projeto adiante e manter a ferrovia em operação nas condições que nos foram proporcionadas.

Quero, por fim, agradecer a vocês, companheiros e companheiras que conheci nesta caminhada em favor do Brasil e da América Latina. Neste bom combate aprendi a amar ainda mais o ser humano. Conheci homens e mulheres de visão, honradez e coragem. Homens e mulheres que amam o nosso País e a nossa América Latina. Espero que nosso encontro tenha produzido para vocês os bons frutos que gerou para mim.

O Padre Antonio Vieira pregou, em 1669, que a pior cegueira é a que acomete os que têm o ofício ser os olhos da República. É preciso atenção e olhos abertos. A cobiça ainda ronda. Lutar pela Ferrosul é amar o Brasil. Continuem contando comigo.

Sejam felizes. Um abraço do amigo

Samuel Gomes