Salário regional aumenta geração de empregos, diz Pugliesi
Salário diferenciado do Paraná sofrerá reajustes de 9,5% a 21,5% – passando a menor faixa de R$ 605 para R$ 663 e o maior valor das quatro faixas salariais, de R$ 629 para R$ 765
“Ao contrário do que muitos anunciaram, a criação do salário provocou foi uma grande geração de empregos, não de desemprego e inflação como apregoaram os contrários a esta idéia”. A declaração é do deputado Waldyr Pugliesi, presidente estadual e líder do PMDB na Assembleia Legislativa, ao defender nesta segunda-feira (29) a aprovação do projeto do governador Roberto Requião, que reajusta o piso mínimo regional do Paraná.
A proposta foi aprovada por unanimidade pela Assembleia. De acordo com o projeto, o salário diferenciado sofrerá reajustes de 9,5% a 21,5% – passando a menor faixa de R$ 605 para R$ 663 e o maior valor das quatro faixas salariais, de R$ 629 para R$ 765. “É o maior salário regional do Brasil. Desde que foi criado, em maio de 2006, o salário mínimo regional vem garantindo o aumento da renda dos paranaenses que não tem amparo das convenções coletivas de trabalho ou de representação sindical.
TÉCNICO – Pugliesi embasou seu pronunciamento com base em dados técnicos do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged). De acordo com o deputado, em 2009 o Paraná registrou mais de 2,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada. “Este volume representou crescimento superior a 6%, ou 3,2% acima da média nacional, que foi de 3,1%”.
“Ficamos com o melhor índice de geração de empregos do Sul do Brasil e a frente de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, destacou. Pugliesi citou ainda os dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O impacto do aumento do salário na economia do nosso estado, segundo o órgão, será da ordem de R$ 150 milhões ao mês.
“É mais dinheiro no bolso de trabalhadores domésticos e da área rural, principalmente. E se tem mais dinheiro na mão do trabalhador, significa que terá mais dinheiro para o consumo, aquecendo a produção industrial, agropecuária, comércio e prestação de serviços e mais empregos serão abertos”, disse.
PANORAMA – No Paraná, o piso mínimo regional beneficia 350 mil trabalhadores em idade economicamente ativa, que não contam com o amparo das convenções coletivas ou de sindicatos. “E se temos 350 mil trabalhadores amparados pelo piso regional, logo isso representa que aproximadamente 1,2 milhão de pessoas serão beneficiadas”, informou Pugliesi.
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