Edson Fachin, professor de Direito da Universidade Federal do Paraná, é a melhor aposta para o lugar de Sérgio Botto de Lacerda na Procuradoria-Geral do Estado.
Fachin foi procurador. Hoje, advoga e dá aulas. Foi o candidato de Roberto Requião para integrar o Supremo Tribunal Federal. É considerado um dos maiores civilistas do Brasil.
Se depender da vontade de Requião e dos advogados mais antigos que o acompanham, entre eles Carlos Marés, João Bonifácio Cabral, Assis Correia e Nelson Olivas, o procurador será Fachin. É claro, tudo depende da decisão do próprio Fachin, que sempre relutou em abandonar o magistério.
A idéia defendida pelos advogados é a de que o governo, depois de anos de conflitos mal resolvidos, precisa agora de um jurista para administrar o contencioso de forma equilibrada e competente.
De qualquer forma, o episódio que envolveu a saída de Botto de Lacerda está concluído. Ao contrário do que foi divulgado, o governador Requião não ligou para o ex-procurador Botto de Lacerda. Foi ele que entrou em contato com o governador no exato momento em que Requião estava embarcando para o interior. A conversa não demorou muito. Foi tão rápida quanto o gol de Makaay, do Bayern de Munique contra o Real Madrid. Não mais que dez segundos.
O governo ainda passará por mudanças. Cirúrgicas. Pontuais. E nem sempre sem dor. O relatório da Ouvidoria sobre os desmandos no Ceasa é extenso e recheado de denúncias que não são de somenos. Vão de caixa dois a fraudes nas compras e licitações. E não deixou ninguém de fora. Nem os velhos companheiros do vice Orlando Pessuti.
Por isso, o governador Requião decidiu demitir toda a direção para nomear novo time com a ajuda do novo secretário da Agricultura, Walter Bianchini. E vem mais pela frente. A hora é de depuração, explica um dos assessores do núcleo mais íntimo do governador.
Diante disso, a fila de saída aumentou e a de entrada mais ainda.
De Fábio Campana, no Estadinho
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