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Rossoni pede urgência para CPI da Petrobras

Rossoni pede urgência para CPI da Petrobras

O deputado Valdir, presidente do PSDB-PR e da Assembleia Legislativa, apoia a criação de uma CPI, defendida pelo partido no Congresso Nacional, para investigar a compra bilionária da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras em 2006. Rossoni disse que são contraditórias as explicações da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente da estatal, Sérgio Gabrielli. Dilma, á época era chefe da Casa Civil e presidente do conselho de administração da Petrobras.

“Como a atual presidente do país afirma que autorizou um investimento bilionário e absolutamente equivocado baseado em um resumo executivo? Isso é mais uma prova da falta de comprometimento e responsabilidade do governo petista, que levou a Petrobras, antes a maior empresa brasileira, à beira da falência”, disse Rossoni.

Dilma Rousseff disse ao jornal “Estado de São Paulo” que autorizou o negócio a partir de um resumo executivo incompleto e que se tivesse conhecimento de todas as cláusulas, não teria aprovado a compra, que custou R$ 1,18 bilhão em uma unidade considerada obsoleta e incapaz de processar o óleo pesado produzido pela Petrobras. Um ano antes a refinaria havia sido comprada por US$ 42,5 milhões pela empresa belga Astra.

Para tornar o cenário ainda mais insólito, o responsável pelo “resumo executivo” incompleto citado por Dilma era o diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que foi promovido e hoje é diretor financeiro da BR Distribuidora.

Contra o argumento de Dilma está o do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, que no Congresso Nacional afirmou que a compra foi uma medida pensada e estudada, porque naquele momento a conjuntura de mercado orientava para os benefícios daquela ação. Para piorar a explicação da presidente, dois executivos da Petrobras afirmaram ao jornal “Folha de São Paulo” que Dilma e todo o conselho de administração da Petrobras tinham acesso ao processo da proposta de compra da refinaria.

“Existem muitas coisas a serem investigadas, desde o valor fora da realidade que a Petrobras pagou pela unidade até a razão do governo ter interesse em investir em uma refinaria que não poderia atender o produto produzido pela estatal. As consequências financeiras desastrosas desse investimento não podem sair impunes”, disse Rossoni.