O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) destacou nesta quinta-feira, 18, a decisão do governo federal de reativação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR) – adiantada pela deputada Gleisi Hoffmann (PT) – na cidade de Araucária, região metropolitana de Curitiba. “É o que tem que ser feito porque a fábrica foi fechada de forma intempestiva e errada em 2020. A produção de fertilizantes é fundamental para a agricultura, um dos principais setores da economia paranaense e vetor do crescimento do estado acima da média nacional”, disse Romanelli que acompanhou as articulações pela retomada da fábrica no Paraná.
“A planta da Fafen em Araucária faz frente à redução de fertilizantes no mercado internacional, provocada notadamente pela guerra da Rússia e Ucrânia, e tranquiliza os agricultores do Paraná e do Brasil”, destaca Romanelli.
Rebatizada de Araucária Nitrogenados (Ansa), a subsidiária da Petrobras operava desde 1982, foi desativada em março de 2020 e foi colocada à venda por decisão do governo federal. O processo foi suspenso no final de 2022. “O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo e precisa de uma política de suporte ao agronegócio”, afirmou Romanelli.
Produção –Aproximadamente 85% dos fertilizantes usados no Brasil são comprados no mercado internacional, principalmente da Rússia, além de importar quase 75% dos fertilizantes nitrogenados para atender a demanda interna, 90% de potássio e 24% de fosfato, assim como 98% de nitrato de amônio, os dois últimos do mercado russo, um dos maiores fornecedores do insumo.
De acordo com os representantes dos trabalhadores da Fafen, a planta tem capacidade para produzir 30% da ureia e amônia usadas no País, além de 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), que é um aditivo do diesel para reduzir emissões de gases poluentes por veículos de grande porte.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), com a reabertura da Fafen-PR, mais a conclusão das obras da Fafen-MS e a retomada das fábricas da Bahia e de Sergipe, o país vai reduzir a dependência da importação de fertilizantes nitrogenados para algo em torno de 10% a 15%.
Setor estratégico – Segundo a deputada Gleisi Hoffmann, a reabertura da fábrica é pauta do governo Lula e está no horizonte próximo. “Graças à luta dos companheiros petroleiros e petroquímicos teremos de volta investimentos, empregos e a produção de insumos fundamentais para a nossa economia diretamente no Paraná”, disse Gleisi.
A reabertura da Fafen-PR faz parte do plano de retomada das subsidiárias da Petrobras no País. Nesta semana, o presidente Lula vai anunciar a ampliação da Refinaria Abreu Lima em Pernambuco. A estatal estima a criação de 30 mil empregos diretos e indiretos e a produção diária de 13 milhões de litros de Diesel S10 (de baixo teor de enxofre).
No Paraná, o Sindipetro (sindicato dos petroleiros) defende a recontratação dos mais de mil trabalhadores, diretos e indiretos, demitidos pela desativação da Fafen-PR em 2020.
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