Roger Waters revelou estar “em choque” depois da reunião com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, onde esteve para fazer dois shows. Waters e Piñera trataram sobre o sistema de educação chileno, a política energética do governo e a repressão policial durante os protestos sociais.
Em uma carta aberta, o ex-líder do Pink Floyd questiona as respostas de Piñera a suas perguntas. “Deixei o Palácio La Moneda em estado de choque, apesar de não ter dito nada à imprensa reunida fora do local. ‘Estou sendo muito duro com o senhor presidente? Espero que não. Será que todos os políticos são tão descuidados com a verdade?”, declarou.
“Questionei Piñera sobre muitos temas, entre os quais o da educação, a política energética e, sobretudo, a forma com que a política reage àqueles que realizam protestos contra ela”, assinala.
“Suas respostas foram surpreendentes, no mínimo”, discorre Waters, ao destacar que o encontro com o presidente chileno foi realizado em termos “bastante cordiais”.
Sobre o sistema educacional, Waters disse que Piñera lhe assegurou que todas as crianças e jovens entre 5 e 18 anos podem estudar em centros públicos ou privados.
“Segundo o presidente, cada pai no Chile escolhe a escola de seu filho e o Estado vela por todo o sistema”, disse Waters, considerando que a afirmação de Piñera “ressoa a uma utopia” diante do que viu no país.
Waters mostrou-se surpreso quando Piñera lhe respondeu ao que acontece com as escolas que ficam vazias porque os pais resolvem mudar os filhos para escolas melhores.
“Que acontece com as escolas vazias? Piñera respondeu que “as fechamos”, relata Waters, mostrando desolação com a resposta.
Waters colocou os representantes de sua nação em saia justa recentemente, ao afirmar que as Ilhas Malvinas “deveriam ser argentinas” durante sua turnê por países da América Latina, certamente isso fez com que o governo britânico e seus representantes na região tomassem distância do músico.
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