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Richa pode descartar 2018 e ficar no governo até o final do mandato

Governador Beto Richa anuncia recursos para Arapongas, no norte do Estado. Os investimentos são em saúde, infraestrutura, saneamento e construção de Ciretran. Arapongas, 17/01/2017 Foto: Jaelson Lucas / ANPr

Impossibilitado de ser candidato à reeleição, o governador Beto Richa (PSDB) manifestou a deputados da base aliada, nesta segunda-feira (16), a intenção de não disputar o pleito de 2018. Tido até aqui como nome certo na corrida ao Senado, o tucano precisaria renunciar ao governo em abril do ano que vem para participar da briga. Mas, a parlamentares governistas, disse que cogita fortemente concluir o mandato à frente do Palácio Iguaçu. As informações são de Euclides Lucas Garcia na Gazeta do Povo.

Segundo estes aliados, Richa entende ser necessário ter presença ativa no cargo para terminar sua segunda gestão em alta, ao contrário do início dela em 2015. E, renunciando ao posto, seria “carta fora do baralho” durante os nove últimos meses do ano que vem. Permanecendo, porém, poderia terminar os projetos que considera importantes para o estado e, de quebra, fazer o sucessor – hoje o mais falado é Osmar Dias (PDT).

Sobre as consequências da decisão para a carreira política de Richa, os aliados têm convicção que a “antiga oposição”, que era encabeçada pelo PSDB e se opunha à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), vencerá a eleição presidencial em 2018, o que abriria espaço para ele virar ministro. Outro reflexo seria a impossibilidade legal de Marcello Richa, filho do tucano, tentar se eleger deputado estadual no ano que vem. O governador, no entanto, teria dito que ele está feliz e trabalhando com o que gosta na Secretaria de Esportes da prefeitura de Curitiba e, portanto, não precisa de mandato neste momento para estar na vida pública.

Síndrome do vice

Outro fator que pode levar Richa a ficar de fora das próximas eleições é o receio em ter de entregar o governo a vice Cida Borghetti (PP), em abril do ano que vem. Além das incertezas em torno do comportamento dela à frente do cargo – sob a sombra do marido e ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP) -, há o temor de perseguição ao grupo político de Richa no Executivo estadual. Também existe o risco de, com a força da cadeira de governadora, Cida seja uma candidata no campo adversário ao atual governador, trazendo, a reboque, concorrentes para ele numa eventual disputa ao Senado, quando estarão em jogo duas cadeiras pelo Paraná.

Aliados desenham esse cenário citando o caso de Ary Queiroz, vice de Alvaro Dias no Palácio Iguaçu, de 1987 a 1991. À época, tudo levava a crer que Alvaro sairia do governo para tentar se eleger senador, a ponto de Queiroz já ter começado a montar uma nova equipe, descartando os secretários que estavam nos cargos. No dia da esperada renúncia, entretanto, Alvaro decidiu ficar no cargo, surpreendendo a todos. Com isso, só voltaria a exercer um novo mandato eletivo em 1999, quando enfim assumiu uma vaga no Senado.

(foto: Jaelson Lucas/ANPr)

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http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/a-aliados-richa-externa-o-desejo-de-cumprir-o-mandato-e-nao-ser-candidato-em-2018-bgyu58zh1lzd3ufhae9kkxfar