Em entrevista ao programa Os Pingos nos Is da rádio Jovem Pan, nesta sexta-feira (13), o deputado federal Ricardo Barros (PP) negou ter ameaçado o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo Barros, uma fala sobre a relação atual do Congresso com o Executivo feita durante reunião com o general Luiz Eduardo Ramos foi tirada do contexto.
“Eu falei uma frase completa: eu disse nós votamos as leis, o presidente veta e nós podemos derrubar o veto. Nós votamos a emendas constitucionais e promulgamos as emendas sem o Executivo. E nós temos a prerrogativa de afastar o presidente, esse foi o contexto que eu disse, não foi especificamente em relação a questão do impeachment”, esclareceu.
“O general Ramos disse que a minha declaração não teve nenhuma intenção provocativa e que fiz apenas uma explanação sobre o presidencialismo de coalizão”, acrescentou.
AGENDA NACIONAL – O deputado ressaltou que o Congresso vive um ótimo momento, com liberdade para votar e protagonismo na agenda nacional. “Estamos vivendo no Congresso um momento diferente, e estamos muito felizes com esse modelo de independência”.
“A aprovação do Congresso está crescendo. Nós votamos a reforma da previdência, vamos votar a reforma tributária, votamos o abuso de autoridade e vamos votar o pacote anticrime. Temos uma agenda própria que está sendo votada com rapidez porque ela não depende do Governo. O parlamento está se impondo sobre a agenda nacional”, afirmou
ABUSO DE AUTORIDADE – Barros defendeu também a manutenção do texto da lei de abuso de autoridade aprovado no Senado em 2016, na Câmara no mês passado e que sofreu 19 vetos pelo presidente Bolsonaro. Os vetos devem ser analisados nas próximas semanas pelo Congresso
O deputado federal lembrou que a lei que tratava do tema era de 1965 e estava desatualizada para a atual legislação. “A lei de abuso de autoridade foi votada com absoluta transparência. Em Maio, o presidente Rodrigo Maia avisou que votaria a leia após a reforma da previdência”, salientou.
“O que queremos é que todo o brasileiro responda pelas suas ações. Hoje tem brasileiro que não responde por nada. Faz o que quer, erra à vontade, causa dano, causa prejuízo – especialmente juízes e promotores -, e não podem ser onerados”, frisou
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