O deputado federal Ricardo Barros defendeu, nesta segunda-feira (12), em Assunção, a construção da ferrovia ligando os portos de Paranaguá e de Antofagasta, no Chile. Barros participou do 1º Seminário de Integração de Infraestrutura Ferroviário da América do Sul realizado na capital paraguaia.
“Temos um dos melhores portos do Brasil, Paranaguá, pronto para interligar o oceano Atlântico ao oceano Pacífico. A nova ponte que está sendo construída em Foz do Iguaçu e vai permitir a ligação com o sul do Paraguai e também Argentina. Do ponto de vista logístico acredito que é a melhor opção para todos os países”, disse.
O evento organizado pelo Parlamento do Mercosul para identificar iniciativas em andamento reuniu parlamentares, ministros, diretores de órgãos técnicos e representantes da iniciativa privada do Paraguai, Uruguai, Brasil, Argentina, Chile, Peru e Bolívia.
“Existem alguns estudos e possibilidades de rotas para integrar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. É um projeto complexo que vai reduzir custos, tempo de viagens e, naturalmente, aumentar a competitividade de toda a região”, afirmou Barros, autor da proposta do Seminário.
Dois estudos estão bem avançados: um é a ligação ferroviária com a integração da Ferroeste cortando o Paraguai através do Sul do país e outro ramal por Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, fazendo a ligação pelo Oceano Pacífico pelo norte do Paraguai.
A ex-governado do Paraná, Cida Borghetti, representou o Estado e reforçou a importância da obra para a economia do Paraná. “Os produtos paranaenses terão um considerável aumento de competitividade. Além disso, a ferrovia criará empregos e oportunidades ao estabelecer um novo eixo de escoamento da produção do Mercosul ”
O ministro de Obras Públicas do Paraguai, Arnoldo Wiens, salientou que o momento é de agir. “Todos os estudos já foram feitos. Nos últimos 15 anos discutimos muito o tema, não há mais nada o que discutir, temos que agir”.
O senador Nelsinho Trad do Mato Grosso do Sul salientou que o Estado já fez os estudos para viabilizar o projeto e acredita que em breve as obras já estarão em andamento.
“Fizemos a lição de casa bem feita, estudos prontos, parceria com a iniciativa privada muito bem encaminhada. Junto ao Governo brasileiro conseguimos a liberação de emendas parlamentares que haviam sido contingenciadas para colocarmos em pé esse grande projeto para a América do Sul”.
Os primeiros estudos apontam investimentos de US$ 5,5 bilhões para construir mais de 2,4 mil quilômetros de ferrovias com estimativa de transportar 40 milhões de toneladas até 2030 chegando a 100 milhões de toneladas em 2.045.
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