Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo
Por causa de um artigo que sugeria “trancar ‘secretárias do lar’ em casa, interditar as casas de forró e proibir os porteiros de saírem dos prédios” para impedi-los de votar em Dilma Rousseff, os donos de uma revista em Mogi das Cruzes (SP) serão processados pelo MPT (Ministério Público do Trabalho). A ação civil pública diz que o texto foi discriminatório e ofendeu duas categorias profissionais: a das domésticas e a dos porteiros.
Luta de classes – O artigo do colunista Anderson Magalhães, publicado antes das eleições presidenciais de 2014, também propunha “cancelar os voos vindos do Nordeste”. O MPT pede que a revista “Actual Magazine” seja condenada a pagar indenização de R$ 500 mil por dano moral coletivo.
Luta 2 – O advogado de Magalhães e dos proprietários, Marco Soares, diz que o autor estava sendo irônico e houve “evidente e incrível erro de interpretação de alguns leitores”. Em texto publicado após a repercussão, o colunista pediu desculpas, afirmou que quis “questionar os estereótipos” e fazer “uma crítica velada”. Uma ação movida pelo Ministério Público do Estado de SP por causa do mesmo artigo foi arquivada pela Justiça em fevereiro.
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