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Resíduos de agrotóxicos acima do limite ou proibidos são encontrados em alimentos.

O Ministério da Agricultura encontrou resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido ou proibidos em 7% dos alimentos avaliados entre 2015 e 2018. Foram analisados vegetais coletados em fazendas e centros de distribuição.

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O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (16), uma semana depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicar um estudo semelhante, só que com alimentos vendidos em supermercados entre 2017 e 2018. No caso, 23% deles apresentaram alguma inconformidade.

Segundo o governo, as duas pesquisas são consideradas complementares, mas têm parâmetros e metodologias diferentes, e não é possível compará-las.

O estudo da Agricultura considerou 4.828 amostras de 42 alimentos. Além de buscar resíduos de agrotóxicos, ele também verificou a presença de contaminantes químicos (como arsênio e cádmio) e biológicos (microtoxinas e Salmonella), o que não aparece no estudo da Anvisa.

Veja os resultados:

Em 53% não foram encontrados resíduos de agrotóxicos ou contaminantes;
Em 1% deles, havia presença de contaminantes químicos ou biológicos;
Em 46% foram verificados resíduos de agrotóxicos, sendo 39% dentro do limite permitido e 7% acima do limite ou pesticidas proibidos para a cultura ou no país.
Em uma segunda etapa, o ministério considerou somente as amostras que apresentaram resíduos de agrotóxicos. Neste universo:

89,2% respeitavam os limites;
11% estavam com alguma inconformidade, sendo: 6,6% com resíduos de agrotóxicos não permitidos para aquela cultura; 2,7% com agrotóxicos acima do limite permitido; e 1,5% com agrotóxicos proibidos no país.
Alimentos pesquisados
Foram pesquisados mais de 200 tipos de agrotóxicos em 42 produtos de origem vegetal: batata, tomate, manga, citrus, cebola, beterraba, alho, abacaxi, pimentão, alface, cenoura, banana, amendoim, kiwi, milho pipoca, soja, morango, castanha do brasil, pimenta do reino, trigo, feijão, arroz, milho canjica, milho grão, pêra, café grão cru, goiaba, melão, farelo de soja, cevada malteada, café torrado, amêndoa de cacau, castanha de caju, amêndoa doce, pistache, aveia, milho verde, suco de uva, vinho, mamão, maçã e uva.

As amostras foram encaminhadas e analisadas por laboratórios federais, que seguiram, segundo o ministério, metodologias validadas pelo Inmetro e com reconhecimento internacional.

Do estudo mais recente (2018), beterraba, castanha do Brasil, pimentão, pistache, kiwi e pera apresentaram nível de inconformidade abaixo de 80%.