Os tucanos esperançosos aguardavam o Ibope com grande ansiedade. Em seus cálculos, Osmar Dias (PDT) viria com quatro pontos percentuais na frente. Não foi desta vez.
Deu-se o contrário. Roberto Requião (PMDB) tem 51% dos votos válidos contra 49% de Osmar. São dois pontos percentuais na frente.
Assim caminha a humanidade. Restam ainda 3% de brancos e nulos e 6% de indecisos. Estes serão disputados voto a voto no programa eleitoral, que recomeça hoje. Imaginem a tensão nos comitês.
A essas alturas, os marqueteiros de Osmar Dias se perguntam se foi correta a decisão de cancelar os debates programados para a televisão. E se perguntam também se foram eficientes os apoios recebidos até agora. Dúvidas, dúvidas, dúvidas.
Tudo bem, repetem as almas parvas. Hoje começa a programação de rádio e tevê do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Agora é diferente. São apenas dois candidatos ao governo do Paraná. Requião e Osmar Dias. Os dois dispõem de tempos iguais, dez minutos para cada um. Duas vezes ao dia. Inclusive aos domingos.
Portanto, tempo é o que não vai faltar para os candidatos dizerem o que pensam e o que pretendem fazer na condução do Estado pelos próximos quatro anos. Olha a responsabilidade.
Se o primeiro turno acabou em grande salada de idéias e ambigüidades, esta segunda rodada será explicitadora das vocações de cada qual. Pena é que não tenhamos debates.
Vivemos, de todo modo, um momento de revelação. Faltam definições mais claras, conforme se vê pela variação de humor dos paranaenses. Talvez, os marqueteiros de bombordo devam refletir sobre a possibilidade de que o pecado está na salada ideológica, que implica falta de objetivo, além da obstinada ambição do poder pelo poder. Fábio Campana, no Estadinho
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