O deputado estadual Requião Filho foi o entrevistado no programa Mundo News, da TV Mercosul nesta segunda-feira (14), em Curitiba, apresentado pela jornalista Taís Pomin.
Questionado sobre a saída de muitos políticos do MDB na última janela partidária, Requião Filho que é atual Secretário Geral do partido, acredita que a motivação principal foi a falta de identificação deles com os ideais do partido.
“Não havia uma coerência com o que queriam estes deputados e o que rege o nosso partido. Os que saíram estavam em busca de novos projetos, ideais diferentes dos que acreditamos e defendemos no MDB do Paraná. Outro fator foi a polarização demonstrada nessas últimas eleições e o ‘efeito Bolsonaro’, que provocou uma queda considerável nas bancadas estaduais e federais em grandes partidos, de maneira geral, não só no MDB”.
O deputado também comentou o resultado das últimas eleições e o que, ao seu ver, atrapalhou a reeleição de Requião ao Senado Federal. Para ele, foram vários fatores incluindo o segundo voto para Senador e a preocupação da população em tirar as chances do ex-Governador Beto Richa, também candidato ao Senado, ser eleito.
“Houve uma confusão, misturada com essa angústia em tirar o Beto Richa, em achar que a eleição para o Requião estava ganha e, dessa forma, muitos partiram para nomes novos. Atrapalhou e, diferente do que víamos nas pesquisas, onde havia sim a intenção de reeleger o Requião, o resultado acabou sendo bem inesperado”.
Requião Filho criticou a postura do MDB no cenário nacional, que tenta sempre ‘uma boquinha’ no governo vigente.
“Não faz sentido pra mim esse fisiologismo lá em Brasília, e é essa parte da política que aqui no MDB do Paraná a gente quer acabar. Essa é a verdadeira renovação que o povo quer que aconteça. Isso faz mal para a política. Vira voto de cabresto, porque não necessariamente aquele deputado vai votar de acordo com o que pensa seu partido, mas em virtude de uma troca de favores, sem debate, sem discussão”.
Para Requião Filho, a mudança de nome do partido de PMDB para MDB foi desnecessária e não trouxe nada de positivo. “Foi como trocar de camisa sem tomar banho. Não houve uma mudança profunda no partido, como necessariamente precisaríamos”, afirmou.
Bancada de Oposição
Como um dos principais líderes da bancada de oposição em seu primeiro mandato, o Deputado Requião Filho afirmou que deve continuar com este posicionamento quando o houver distanciamento de ideias e projetos do novo governo.
“Vai depender muito mais do Ratinho do que de mim. Veja, fui oposição ao Beto Richa no primeiro mandato. Eu estava certo? O Gaeco mostrou que eu estava. Eu não fiz oposição, simplesmente, a um governo. Fiz oposição ao que estava errado e a um projeto que prejudicou o povo do Paraná. Depende agora do novo Governador, mas vamos torcer para que dê certo”.
Sobre as articulações para a formação da nova mesa na Assembleia, Requião Filho afirma que há uma chapa plural, formada em consenso com a maioria dos deputados e encabeçada pelo atual presidente Ademar Traiano. Esta teria seu total apoio. De outro lado, uma chapa representada pelo Delegado Francischini, que não tem bom diálogo com a Casa e é restrita aos posicionamentos do PSL. “Não é democrática, porque vai de encontro unicamente com os interesses de apenas um partido”, avaliou.
Menos impostos e mais empregos
O slogan de campanha em que defendeu menos impostos e mais empregos deve ser o forte do mandato de Requião Filho neste segundo mandato também. O Deputado falou sobre a gravidade da situação econômica hoje no Estado, da falta de investimentos e infraestrutura, com uma carga grande de impostos e sem geração de empregos.
“Temos que pensar no Paraná e no Brasil como um todo, diminuindo a carga tributária para que possamos gerar mais empregos. Investir em educação, qualificação de mão de obra, em saúde, infraestrutura, que o país se desenvolve”.
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