Requião é lançado candidato á presidência por 15 diretórios do PMDB reunidos no PR
O governador do Paraná, Roberto Requião, foi lançado candidato á presidente da República por 15 diretórios do PMDB – RS, SC, PR, SP, ES, GO, MT, MS, PI, RO, AC, PE, CE, PA e RJ – reunidos neste sábado (21) em Curitiba. Os representantes destes diretórios assinaram uma moção de apoio ao nome de Requião para a disputa presidencial de 2010.
“Peemedebistas de 15 diretórios regionais, governadores, senadores, deputados, prefeitos, entre outras lideranças, reunidos neste sábado (21 de novembro) em Curitiba, decidem que o PMDB deve ter candidato próprio a Presidência da República e que esse nome é do governador do Paraná, Roberto Requião”, diz a moção.
A nota foi assinada por lideranças como Pedro Simon (RS), Orestes Quércia (SP), Luiz Henrique (SC), Paes de Andrade (CE), Mangabeira Unger (RJ), Francisco Romão (AC), Francisco Donato (ES), Marcelo Castro (PI), Eliseu Padilha (RS), Esachel Cipriano (MS), Adalto Freitas (MT), Denício de Andrade (RO), Dario Berger (SC), Neuto Couto (SE), Eduardo Pinho (SC), entre outras lideranças: deputados, prefeitos, vereadores.
“Por isso, conclamamos a direção nacional do PMDB a promover um amplo debate em cada estado sobre o programa de governo e ouvindo a sociedade civil para a construção de uma proposta de desenvolvimento nacional que privilegia a produção e o trabalho frente aos interesses do capital financeiro”, completa a nota de apoio ao nome de Requião.
APOIOS – “O Requião é pela terceira vez governador, já foi prefeito de Curitiba, foi um senador excepcional, é um dos grandes nomes da história do Brasil. A candidatura do Requião não é uma candidatura anti-Lula. É uma candidatura do PMDB que pode, e vai para o segundo turno e talvez seja a salvação do Lula para não perder para o Serra”, disse o senador Pedro Simon.
“Se o Requião topar, eu acho que ele aceitou, pode ser o candidato á presidência. A prioridade será esta E se o PMDB tiver somado, unido, sem que dúvida São Paulo vai estar apoiando”, disse o ex-governador Orestes Quércia, presidente do PMDB de São Paulo.
“Requião é a água quente da brasa do PMDB. É um grande nome. É um quadro histórico do partido, um grande governador, foi um grande senador. É um nome em condições de assumir esta condição”, disse o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique.
“O PMDB tem muitos nomes, mas o do governador Roberto Requião considero o mais capacitado para exercer a presidência da república e tocar esse projeto de reconstrução nacional, de reconhecer aquilo foi feito pelo Lula, e avançar mais na produção, mais no trabalho, e na revolução da educação e da economia, a qual nós precisamos”, disse o professor Mangabeira Unger.
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Integra da Moção
Moção de Apoio ao Lançamento da
Candidatura de Requião Presidente
Peemedebistas de 15 diretórios regionais, governadores, senadores, deputados, prefeitos, entre outras lideranças, reunidos neste sábado (21 de novembro) em Curitiba, decidem que o PMDB deve ter candidato próprio a Presidência da República e que esse nome é do governador do Paraná, Roberto Requião.
Por isso, conclamamos a direção nacional do PMDB a promover um amplo debate em cada estado sobre o programa de governo e ouvindo a sociedade civil para a construção de uma proposta de desenvolvimento nacional que privilegia a produção e o trabalho frente aos interesses do capital financeiro.
Curitiba, 21 de novembro de 2009
Encontro Nacional das Lideranças do PMDB
Maior partido do país precisa ter uma
proposta para o pais, diz Mangabeira
O maior partido do Brasil não pode ficar a margem do processo eleitoral para a escolha do novo presidente do Brasil. “O maior partido do país precisa ter uma proposta para o país”. A declaração é do professor Roberto Mangabeira Unger, ao participar em Curitiba neste sábado (21), do Encontro Nacional de Lideranças do PMDB. “O PMDB não pode ser uma massa de manobra de outras forças políticas”, afirmou.
Mangabeira voltou a defender que o Brasil não pode ficar a mercê do capital especulativo. “Este capital vadio, que só serve para a especulação financeira. O PMDB tem que apresentar um programa para dar oportunidades e capacitações a população brasileira”, destacou. “Vou lutar para que o PMDB, o maior partido brasileiro, tenha uma proposta prática para cumprir essa grande ação libertadora”, completou.
Mangabeira, que se filiou no PMDB do Rio de Janeiro, destacou que no encontro de Curitiba o partido iniciou a debater as diretrizes do projeto que o governador do Paraná, Roberto Requião, vai apresentar em todo o país. “O PMDB pode ser um agente político dessa alternativa nacional e tenho certeza que posso contar com o governador Requião para essa empreitada”, declarou.
TEMAS – Em seu discurso, Mangabeira apontou os cinco principais temas para formar as diretrizes do programa nacional do PMDB: a democratização das oportunidades econômicas; condições práticas para garantir a soberania brasileira perante a economia mundial; capacitação e ampliação das oportunidades educativas; reconstrução do estado brasileiro; e construção de um modelo de desenvolvimento que afirme a primazia dos interesses da produção e do trabalho sobre os interesses do rentismo.
O governo Lula, reconheceu Mangabeira, promoveu grandes avanços no Brasil, consolidou a estabilidade econômica e libertou milhões de brasileiros da pobreza, abriu para outros milhões de jovens as portas das universidades e da escola técnica e levou o país ao primeiro plano da política mundial.
“O governo Lula fez tudo isso, entretanto, o tema da eleição de 2010 não é o passado, é o futuro. A grande tarefa do país é organizar um novo modelo de desenvolvimento baseado em ampliação de oportunidades para aprender, para trabalhar e para produzir. Um modelo que afirme a primazia dos interesses do trabalho e da produção sobre os interesses do dinheiro do capital financeiro”.
BASE SOCIAL – O professor disse que há uma base social concreta para a reconstrução hoje no Brasil. Ele aponta o surgimento de uma nova classe média de milhões de brasileiros que lutam para abrir pequenos negócios, estudam a noite e que inaugura no país uma cultura de auto-ajuda e de iniciativa.
Mangabeira defendeu uma revolução brasileira em que o Estado use “seus poderes e recursos para permitir a maioria seguir o exemplo dessa vanguarda de batalhadores e emergentes”.
REQUIÃO – Mangabeira disse ainda que o povo brasileiro já demonstrou, repetidas vezes, que é capaz de construir um nome que comande um novo projeto de desenvolvimento da nação.
“O PMDB tem muitos nomes, mas o do governador Roberto Requião considero o mais capacitado para exercer a presidência da república e tocar este projeto de reconstrução nacional, de reconhecer aquilo que foi feito pelo Lula, e avançar mais na produção, mais no trabalho, e na revolução da educação e da economia, a qual nós precisamos”, completou Mangabeira Unger.
PMDB reúne diretórios das capitais
dias 29 e 30 de janeiro em Curitiba
O presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, adiantou neste sábado (21), durante encontro nacional em Curitiba, que o partido vai convocar um fórum permanente dos diretórios das 26 capitais. “O PMDB tem prefeitos em seis capitais e vice-prefeitos em outras três capitais. O nosso projeto é traçar um plano de ação nos grandes centros, modernizar a atuação do partido junto ás massas, aos trabalhadores”, disse Doático.
O PMDB governa as prefeituras de Rio de Janeiro, com Eduardo Paes, Salvador (João Henrique Carneiro), Campo Grande (Nelson Trad), Goiânia (Íris Rezende), Porto Alegre (José Fogaça) e Florianópolis (Dário Berger). E as vices prefeituras de São Paulo (Alda Marco Antônio), Vitória (Tião Barbosa) e Porto Velho (Emerson Costa).
“A nossa proposta é instalar esse fórum do PMDB das Capitais nos dias 29 e 30 de janeiro em Curitiba. Podemos ampliar ainda as cidades que compõem as regiões metropolitanas porque temos problemas semelhantes nos grandes centros e precisamos apontar soluções, trocar experiências e projetos exitosos das prefeituras e das vices-prefeituras comandadas pelo partido”, disse Doático.
O prefeito de Florianópolis, Dario Berger, presente no encontro nacional, as capitais têm problemas comuns nas questões de moradia, transporte coletivo, meio ambiente, mobilidade urbana, bolsões de pobreza e de miséria. “Esses problemas requerem soluções à curto, médio e longo prazos. É dessa forma que o PMDB deve atuar, nas capitais, se aproximando cada vez mais dos movimentos sociais e dos movimentos da cidadania”, disse Berger.
Requião defende programa de governo
com mais produção e trabalho no Brasil
O governador do Paraná, Roberto Requião, defendeu neste sábado (21) que antes de um candidato á presidente, o PMDB precisa de um programa de governo, divisor de águas, que faça frente aos interesses do capital financeiro no país. “O Brasil avança com mais produção e mais trabalho e não com juro bancário”, disse Requião no encontro nacional do partido realizado em Curitiba.
“Temos que defender o capital produtivo. Temos que ser contra a precarização do trabalho, contra o jogo de juros e defesa do grande capital. Não vai haver defesa do desenvolvimento agrícola e do trabalho com neoliberalismo, com o Brasil sendo comandado pelo Banco Central, que tem pessoas competentes para cuidar da moeda, mas incompetentes para todo o resto”, completou Requião.
CAPITAL PRODUTIVO – O governador do Paraná – apontado como pré-candidato do PMDB pelo ex-governador Orestes Quércia (SP), pelo governador Luiz Henrique (SC) e pelo senador Pedro Simon (RS) – disse que o programa do partido deve valorizar o capital produtivo. “Trabalho e capital produtivo geram capital financeiro. É um projeto essencial. Enquanto a política monetária conduzir o país, não vamos ter uma política agrícola industrial, social, trabalhista, nacional. Porque o Brasil será um ramo do mercado global e não uma nação”.
“A partir de um programa podemos pensar em candidatura própria ou em aliança. Mas daí será uma aliança em cima de alguns princípios bem claros e não esta tradicional negociação por cargos. Que não significa nada para o país”, completou.
CANDIDATO PRÓPRIO – Candidatura própria ou aliança será definida, segundo Requião, em convenção do partido que deve ser realizada no segundo semestre de 2010. “Quem resolve é o partido. Tem tendência de apoio ao PSDB, tem tendência de apoio ao PT, mas acho que a tendência majoritária no PMDB, na base do partido, é a candidatura própria”.
Requião adiantou que a posição majoritária dos estados do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – é por candidatura própria. “O PMDB, como uma Fênix, pode ressurgir das cinzas. Se o partido tiver uma posição programática, melhor ainda com um candidato próprio”, disse Requião.
“Nós temos governadores extraordinariamente bem sucedidos. O Germano Rigotto do Rio Grande do Sul, o governador do Rio de Janeiro (Sérgio Cabral) e eu não excluo o meu nome deste processo. Tudo depende do que quer o partido e não no que nós podemos resolver numa reunião. Nós podemos, por exemplo, nesta reunião, que é uma reunião informal, ou seja, está fora do contexto institucionalizado, estatutário, ter uma opinião. Nós vamos levar esta opinião onde? No Diretório Nacional, para a convenção nacional do partido. Não é num jantar que se resolve isto” completou.
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