O ex-senador Roberto Requião (PMN), pré-candidato a prefeito de Curitiba, voltou a estocar o PT pelo apoio ao deputado federal Luciano Ducci (PSB) na disputa da prefeitura da capital paranaense. “O cara (Ducci) é a favor do Marco Temporal e cassou a Dilma, votou a favor da privatização das praias e tem apoio do PT para ser prefeito de Curitiba. Parabéns PT.”, disse Requião nesta quarta-feira (5) no X (ex-twitter).
Além das votações (marco temporal, impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e privatização das praias), Ducci também é cobrado pela ausência na votação do veto do presidente Lula (PT) ao projeto de lei que acaba com as saídas temporárias de presos em feriados e datas comemorativas. E também na ausência na votação da manutenção do veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto de lei que criminalizava a disseminação de notícias falsas (fake news) para desacreditar o processo eleitoral.
Ducci também não se ajuda para ter apoio da base e da militância do PT em Curitiba. De olho na eleição de outubro, afirma que não quer ser visto como o “candidato do Lula”. “Quem quer fazer essa discussão de Lula versus Bolsonaro, direita contra esquerda, é porque quer fazer uma discussão rasa. As questões nacionais não podem ser repercutidas a nível local”, disse Ducci ao Estadão.
Do lado do PT, Felipe Magal e Carol Dartora renunciaram à pré-candidatura, mas o deputado federal Zeca Dirceu manteve como “pré-candidato de Lula” e entrou com recurso ao diretório nacional depois que a executiva nacional petista decidiu pelo apoio a Ducci. A decisão não alcançou a maioria de 2/3 da executiva composta por 28 membros. “O recurso é um direito que tenho, enquanto pré-candidato, e uma mensagem clara de que sigo lutando e não desisto de defender que tenhamos uma candidatura própria em Curitiba”, afirma Zeca Dirceu.
“Sou pré-candidato e reafirmo, com muito orgulho, que quero ser o representante do presidente Lula nas eleições em Curitiba”, acrescentou Zeca Dirceu ao apontar que a opção por Ducci, inclusive, não atingiu quórum mínimo para avançar nem mesmo na direção municipal do PT de Curitiba, antes da discussão ir parar na instância nacional.
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