Requião acena com incentivos para empresas que mantiverem empregos
O governador Roberto Requião fez um apelo nesta segunda-feira (19) para que empresários paranaenses não demitam trabalhadores e acenou com incentivos para empresas em dificuldades por conta da crise que se comprometam a manter empregos. “Todo o esforço do Governo do Paraná é para que os trabalhadores não sejam demitidos. Pensamos até em incentivos a empresas em dificuldades, com uma condicionante — o empresário tem de garantir que não vai demitir trabalhadores. Não há apoio ao capital se o capital não se preocupa com o trabalho”, justificou Requião, em pronunciamento gravado no Palácio das Araucárias, em Curitiba.
O governador Roberto Requião fez um apelo nesta segunda-feira (19) para que empresários paranaenses não demitam trabalhadores e acenou com incentivos para empresas em dificuldades por conta da crise que se comprometam a manter empregos. “Todo o esforço do Governo do Paraná é para que os trabalhadores não sejam demitidos. Pensamos até em incentivos a empresas em dificuldades, com uma condicionante — o empresário tem de garantir que não vai demitir trabalhadores. Não há apoio ao capital se o capital não se preocupa com o trabalho”, justificou Requião, em pronunciamento gravado no Palácio das Araucárias, em Curitiba.
“Se não tivermos brasileiros com emprego e bom salário, não teremos consumo. Sem consumo, a indústria para, e o esquema econômico do País desaba”, disse o governador. “Mais trabalhadores significam uma massa salarial maior no País, no Paraná, e uma massa salarial maior significa um aumento da demanda pela produção da indústria, por bens de consumo. Aí se recria o círculo virtuoso do desenvolvimento”, argumentou.
Requião também descartou aumentos de tarifas públicas nos próximos meses, de forma a não arrochar a renda de trabalhadores que veem seus empregos ameaçados pela crise. “Não vamos admitir a elevação de tarifas — seja de ônibus, de água, de energia. Um momento de crise é um momento em que o trabalhador merece respeito. Não podemos, com aumentos absurdos, comprometer a já magra renda de trabalhadores que nesse momento têm até o emprego ameaçado. Essa é a política do Governo do Paraná”, afirmou.
O governador defendeu “freio” nos lucros do setor empresarial e aumento dos salários como forma de aliviar os efeitos da crise mundial no País. “Está muito claro para todas as pessoas que lêem a realidade da crise que o Brasil e o mundo vivem hoje que ela se origina no lucro — lucro desesperado, sem coração, realizado pelos empresários, pelos detentores do capital — e no achatamento dos salários. A regra para a mudança é o aumento dos salários e freio e bridão na avidez absurda do grande empresariado”, falou.
Leia a íntegra do pronunciamento do governador Roberto Requião.
“Está muito claro para todas as pessoas que lêem a realidade da crise que o Brasil e o mundo vivem hoje que ela se origina no lucro — lucro desesperado, sem coração, realizado pelos empresários, pelos detentores do capital — e no achatamento dos salários. Os grandes empresários se apropriam da tecnologia gerada pelos homens através da história e achatam os salários, aumentando, com a tecnologia empregada, os seus ganhos. O capital tem rendas fantásticas. Os trabalhadores, uma com renda muito pobre, seja no Brasil ou nos Estados Unidos, no mundo inteiro, são consumidores de pouco poder aquisitivo.
“A regra para a mudança é o aumento dos salários e freio e bridão na avidez absurda do grande empresariado. O mundo não pode crescer com essa desigualdade social e econômica brutal, nem no Brasil, nem nos Estados Unidos. Quero fazer um apelo aos empresários paranaenses que estão me escutando. Não demitam trabalhadores. Se esforcem para reduzir, até, o lucro já prejudicado pela crise que vocês possam ter.
Se não tivermos brasileiros com emprego e bom salário, não teremos consumo. Sem consumo, a indústria para, e o esquema econômico do País desaba. Mais trabalhadores empregados significa mais consumo. Mais trabalhadores com bons salários significa melhores vendas no comércio. Com prateleiras vazias, o comércio faz encomendas à indústria, que num primeiro momento usa sua capacidade ociosa, mas que num segundo momento, com aumento das vendas, passa a contratar mais trabalhadores. Mais trabalhadores significam uma massa salarial maior no País, no Paraná, e uma massa salarial maior significa um aumento da demanda pela produção da indústria, por bens de consumo. Aí se recria o círculo virtuoso do desenvolvimento.
“Todo o esforço do Governo do Paraná é para que os trabalhadores não sejam demitidos. Pensamos até em incentivos a empresas em dificuldades, com uma condicionante — se o empresário quer apoio do Estado, tem que garantir, num acordo claro, que não vai demitir trabalhadores. Não há apoio ao capital se o capital não se preocupa com o trabalho. De nossa parte, não vamos admitir a elevação de tarifas — seja de ônibus, de água, de energia. Um momento de crise é um momento em que o trabalhador merece respeito. Não podemos, com aumentos absurdos, comprometer a já magra renda de trabalhadores que nesse momento têm até o emprego ameaçado. Essa é a política do Governo do Paraná.”
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