Em perfil publicado ontem, o jornal “O Estado de São Paulo” destacou as confusões provocadas pelo deputado federal paranaense Boca Aberta (PROS), que apesar de estar apenas no primeiro mandato, já responde a duas representações no Conselho de Ética da Câmara Federal que podem resultar em sua cassação e outras duas já estariam a caminho. Segundo o texto, toda a vez que o parlamentar se dirige aos microfones do plenário, os seguranças da Casa já se preparam para contê-lo.
“Sou a trilha sonora dos excluídos. Terrorista verbal. Sanguinário na fala e eloquente no discurso”, autodefiniu-se o paranaense, que já teve o mandato de vereador de Londrina cassado em 2016. “Não estou aqui para fazer amigos. Já fui cassado por não sentar com os porcos para comer a lavagem e não vou sentar com eles aqui no Congresso, não”, disse ele. Boca Aberta é acusado de invadir um hospital e acusar um médico de dormir no serviço, publicando vídeo nas redes sociais com a suposta denúncia.
Os repórteres do “Estadão” relatam na matéria terem presenciado duas vezes, no mês passado, os seguranças da Câmara se aproximarem do parlamentar antes mesmo de ele começar a falar. “Quero ver quem vai calar a minha boca”, teria dito ele no plenáriono dia 15 de agosto enquanto era contido pelos policiais legislativos.
No mesmo dia, ele teria entrado em confronto com o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), que reclamou do comportamento do colega. “O que está virando isso, pelo amor de Deus. Nunca vi nada igual”, disse Nascimento. “Só vou calar a minha boca no dia em que meterem bala”, reagiu o paranaense, “fazendo som de disparos com a boca”, segundo o Estadão.
Recado do presidente da Câmara…
Até o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), já teria pedido calma ao colega. “Assim você vai acabar tendo mais de cem representações”, afirmou Maia, após ataques de Boca Aberta a colegas que tinham deixado a sessão para ir ao Supremo Tribunal Federal protestar contra a transferência do ex-presidente Lula para São Paulo. Com informações do Bem Paraná.
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