No primeiro dia de trabalho, o prefeito Reni Pereira (PSB) visitou os moradores dos jardins Claudia e Primavera, região afetada pelas fortes chuvas da madrugada do dia 1º de janeiro. Acompanhado da secretária de Ação Social, Cláudia Pereira e do presidente da Câmara, Zé Carlos (PMN), Reni aproveitou a agenda para anunciar seu plano para remover as famílias das áreas de riscos de Foz do Iguaçu.
Nas primeiras horas do ano novo choveu em Foz do Iguaçu mais da metade do previsto para todo o mês de janeiro, segundo os órgãos de meteorologia. A enchente afetou principalmente as famílias que residem próximo aos córregos e rios e fundos de vale.
De acordo com Reni, todos os projetos de reassentamento de sua administração preveem a realocação das famílias para bem perto de onde residem atualmente. “Queremos fazer moradias seguras e dignas em no máximo 500 metros de onde as pessoas residem”.
Segundo o prefeito, recursos para a execução das obras de interesse social existem. “É possível. Basta você usar o programa do governo federal que tem dinheiro disponível para isto já há muito tempo e é possível também, se você não tiver área pública disponível aqui, desapropriar”, disse o prefeito, em entrevista à imprensa.
E completou: “Nós temos um compromisso com a população de Foz do Iguaçu e não com proprietários de áreas seja para especulação imobiliária”.
Ocupação social – Reni destacou que na região do Morumbi, onde estão os bairros afetados, que existem áreas que não estão construídas ainda. “Se não tiverem dispostos a vender pelo valor que declaram ou pelo valor da desapropriação, vamos fazer um decreto de utilidade pública porque o interesse social é maior que o interesse econômico”.
Nas realocações, segundo o prefeito, a intenção é manter a identidade de cada comunidade. “Porque estas pessoas merecem esta dignidade por parte da administração pública”.
Numa primeira etapa, a meta é buscar a remoção de algumas famílias para um conjunto residencial que está em fase de construção. “Há a possibilidade de ampliarmos este conjunto ou, se for necessário, desapropriar uma área perto desta comunidade, fazendo com que aqui, ao invés de ser este problema da área de risco, fazermos um parque linear, inclusive com ciclovia para deslocamento das pessoas do Morumbi até a região central”.
“Cadastramento não é casa” – A moradora Iranilda da Silva, entrevistada pela imprensa, disse que muitos moradores já fizeram diversas vezes cadastro para receber moradia da prefeitura. “Se cadastramento desse casa, nenhuma destas pessoas era para estar aqui. Cadastramento já fizemos muito. Chega de cadastramento”.
A secretária de Ação Social, Cláudia Pereira, reforçou o pedido para a população ajudar as pessoas neste momento. “As famílias precisam de alimentos, roupas e colchões e produtos de higiene pessoal”. As doações podem ser feitas no Corpo de Bombeiros ou no Provopar.
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