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Reformas no aeroporto garantirão voos comerciais em Umuarama

O projeto de estruturação do Aeroporto Orlando de Carvalho busca a Certificação Operacional do aeródromo junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para receber voos regulares. As obras incluem recapeamento e ampliação da pista, ampliação do pátio de estacionamento de aeronaves; adequação e ampliação do terminal de embarque e desembarque de passageiros; ainda a construção de instalações para o Corpo de Bombeiros. 05/08/2020 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A transformação do aeroporto municipal de Umuarama em um espaço de voos comerciais é uma salada de letras: Sescinc, RESA, SSUM e EMS-A. As siglas compõem parte do que há de mais moderno e necessário na aviação civil e dizem respeito a novas estruturas e equipamentos que vão ajudar o Orlando de Carvalho a alcançar, finalmente, um lugar no mapa regular do transporte aéreo brasileiro.

Após cerca de dois anos em obras e R$ 18 milhões aportados em alvenaria e equipamentos, as obras no aeroporto municipal estão prestes a acabar. A revitalização do espaço vai permitir pousos e decolagens das aeronaves da Azul Linhas Aéreas e facilitar o contato dos moradores do município, distante 555 quilômetros de Curitiba e 520 quilômetros de Campo Grande (MS), a capital mais próxima, com qualquer lugar do mundo em poucas horas.

Essa conquista é fruto de um convênio firmado entre a prefeitura, o Governo do Estado e o governo federal. As primeiras mudanças foram na regularização da pista de pouso e decolagem e com o tempo foram adquiridos novos equipamentos para controle de condições de voo e ampliado o terminal de passageiros.

“A presença do aeroporto de Umuarama no mapa da aviação nacional é estratégica para o Paraná. A cidade é um polo estudantil e industrial fundamental para o Estado e essa nova conexão vai ampliar as possibilidades de comércio e investimento para toda a região Noroeste”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Além disso, esse aeroporto vai potencializar a malha aérea do Paraná, que hoje é robusta, conectada, moderna e vetor de geração de empregos”.

De acordo com a Prefeitura, as obras no Aeroporto Municipal Orlando de Carvalho devem ser entregues em setembro, restando apenas a instalação das sinalizações internas e de alguns móveis e itens acessórios como lixeiras, wi-fi e insulfim. Antes da reforma esse aeroporto era acanhado, voltado para a aviação particular, e, com as mudanças, ganha corpo para ser regional. Atualmente ele é usado regularmente por 25 aeronaves pequenas que ocupam os 13 hangares do local.

“Entramos na reta final da revitalização. A obra está quase pronta e agora falta acertar detalhes do Plano de Voo, que ainda tem alguns obstáculos para que as empresas possam operar na cidade”, destaca André Coladine, diretor aeroportuário de Umuarama e um dos responsáveis pelo projeto. “Umuarama é um dos municípios mais distantes da Capital e essa nova estrutura vai atender toda a região, além do fluxo do Mato Grosso do Sul e do Paraguai. Aeroporto significa integração, desenvolvimento e inúmeras possibilidades para diversificar a economia”.

As obras englobaram a revitalização e ampliação do terminal de passageiros; recapeamento e deslocamento da pista para atender as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); modernização do pátio de manobras das aeronaves; novos equipamentos, como raio-x, esteira para bagagens, circuito de câmeras e uma estação meteorológica; e a construção de uma unidade para atendimento emergencial de bombeiros aos passageiros, exigência do Ministério de Infraestrutura e da Aeronáutica.

“É um aeroporto completamente novo em cima de uma estrutura velha e que tem capacidade para operar voos comerciais em qualquer horário do dia”, completa Coladine. “Conheço esse aeroporto desde criança e é uma conquista imensurável para a cidade. Ganhamos em termos de estrutura, segurança e conforto para os passageiros”.

 

Novo terminal

O novo terminal de passageiros conta com cafeteria, uma sala reservada para reuniões, uma nova área com check-in e despacho de bagagens. Ele era 2,5 metros menor em largura e foi ampliado nas duas pontas para separar com segurança e comodidade o embarque do desembarque. Também foram implementadas novas orientações visuais e um sistema de CFTV para segurança dos usuários.

Foi criada uma sala de espera para acomodar 70 passageiros em longarinas (tradicionais cadeiras dos aeroportos) financiadas pelo Estado com climatização e wi-fi. A SAC também doou um sistema de raio-x para as bagagens e as pessoas. Já a sala de desembarque conta com uma esteira elétrica e espaço mais amplo para circulação com as malas.

Na parte externa, voltada para a pista, foi instalado um letreiro de comunicação visual com o nome e o sobrenome do aeroporto. É onde começa a tomar forma a sopa de letrinhas. Umuarama será identificada na aviação comercial pela sigla SSUM, correspondente ao que CWB significa para quem utiliza o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Para completar esse espaço a prefeitura adquiriu novos transformadores e geradores de energia, além de uma caixa d’água de 20 mil litros.