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Reforma ministerial aumenta em 5 vezes orçamentos sob comando do PMDB

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O novo rateio de ministérios entre partidos, anunciado por Dilma Rousseff nesta sexta-feira (2), favorece o PMDB não só quantitativamente, no número de pastas, que passou de seis para sete. Mas, em termos de orçamento, os peemedebistas passaram a ter R$ 143,6 milhões para administrar em 2016, segundo o Orçamento enviado ao Congresso em 31 de agosto, – quase 500% mais dinheiro do que os R$ 24,1 milhões que teriam até a reforma. As informações são de Época.

ÉPOCA cruzou as mudanças da reforma ministerial com os orçamentos previstos para o ano que vem para cada pasta. Cabe a ressalva de que, com os cortes de R$ 200 milhões que Dilma anunciou nesta sexta, algumas cifras devem variar para baixo. Mas elas dão o tom do poder eleitoral que cada partido terá em 2016, uma vez que um ministério com mais orçamento, em tese, pode realizar e propagandear mais.

O que faz diferença para o PMDB é o Ministério da Saúde, então nas mãos do PT por meio de Arthur Chioro. A pasta tem previstos para o ano que vem R$ 109,4 milhões. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, antes de PC do B e Aldo Rebelo, põe mais R$ 9,8 milhões no cálculo. A pasta perdida pelos peemedebistas, de Pesca e Aquicultura, incorporada à Agricultura, tem um orçamento de R$ 202,6 mil. O valor adicionado foi imenso, e o subtraído, pequenino.

O PT manteve a hegemonia em termos de orçamento, sobretudo porque a Previdência Social, com R$ 506,2 milhões, foi incorporada a Trabalho e Emprego, e este passou das mãos de Manoel Dias (PDT) para Miguel Rossetto (PT). Mas o partido do governo perdeu. Caiu de R$ 805,4 milhões para R$ 767,6 milhões. A Educação, tirada do apartidário Renato Janine Ribeiro, também faz diferença, com R$ 96,5 milhões projetados para despesas no ano que vem.

O PDT murchou. Muito. O Ministério do Trabalho e do Emprego, com R$ 64,7 milhões, foi para o PT. Os pedetistas não ficaram sem pasta alguma, pois passaram a ter André Figueiredo nas Comunicações, mas o dinheiro disponível é de apenas um décimo: R$ 6,6 milhões.

Na tabela dos orçamentos por ministério, abaixo, seis deles estão sem valor. O motivo: o valor do Banco Central está incluso na unidade orçamentária do Ministério da Fazenda, e outros cinco – Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional, Secretaria da Comunicação Social, Secretaria-Geral da Presidência e Secretaria de Relações Institucionais – estavam embutidos na unidade da Presidência. Como não podem ser detalhados, não foram incluídos.

Foto: Antonio Cruz/ABrl

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