O governador Beto Richa reafirmou nesta terça-feira, 5, que não há possibilidade de renovar o convênio para o subsídio ao transporte coletivo de Curitiba. Segundo ele, a medida adotada no ano ano passado era emergencial e o repasse está garantido até maio, conforme convênio firmado com a prefeitura.
Richa destacou que o suporte financeiro oferecido à prefeitura de Curitiba é semelhante a outras iniciativas do Estado de apoiar municípios na realização de obras e projetos urbanos. “Na história do transporte público do Paraná, nunca houve um subsídio de tarifa por parte do Governo do Estado. Nós auxiliamos por um determinado momento, mas o governo não pode ser sobrecarregado com mais essa despesa”, disse.
Beto Richa disse que procura agora “uma outra forma de contribuição para as cidades do Paraná, que têm na tarifa de ônibus um problema a ser enfrentado”. A situação atual, segundo ele, é um “socorro momentâneo”, um auxílio que o governo dá em diversas áreas, como pavimentação e obras. “Estamos perdendo R$ 1 bilhão em receitas e teremos que rever os nossos gastos”.
O governador cobrou ainda uma atuação do governo federal nesse subsídio. “Realizei, quando era prefeito de Curitiba, uma reunião com os principais prefeitos do Brasil, e daqui saiu uma carta pedindo auxilio ao governo federal para reduzir a tarifa de ônibus em todo Brasil, isentando os tributos federais que incidem sobre a passagem e que chegam a mais de 25% do valor final da passagem, e não houve nenhuma resposta nesse sentido”, afirmou ele.
“Assim como baixaram a conta de luz, podiam muito bem baixar a tarifa de ônibus nas principais cidades do país, como uma grande contribuição aos trabalhadores”, completou. Richa destacou que quando assumiu a prefeitura de Curitiba em 2005, um dos primeiros atos foi baixar a tarifa de ônibus. “Fiz isso sozinho, sem ajuda do governador, sem ajuda do presidente da República”.
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