O governador Ratinho Júnior (PSD) afirmou nesta segunda-feira (21) que qualquer decisão sobre reajuste salarial para os servidores públicos vai depender do resultado do levantamento que sua equipe está fazendo sobre a situação financeira do Estado. Ratinho Jr previu que a revisão de contratos e a conclusão dessa auditoria deve ocorrer até meados de fevereiro. As informações são do Bem Paraná.
“Tudo isso nós ainda estamos levantando a parte financeira do Estado. Nós temos esse prazo de primeiro mês do governo. Acredito que até meados de fevereiro a gente vai ter um mapa mais claro de como está a saúde financeira do Estado”, disse o governador, após participar de solenidade de posse do novo comando do Corpo de Bombeiros. “Tudo isso vai depender de como está essa saúde financeira”, admitiu ele.
No último dia 10, a Secretaria da Fazenda anunciou a criação de uma força-tarefa, para auditar as contas do Estado, alegando não ter como dizer quanto recebeu de saldo em caixa, nem quanto herdou de “restos a pagar” da administração da ex-governadora Cida Borghetti (PP) em razão de problemas no Sistema Integrado de Finanças Públicas do Estado (Siafi).
Os servidores públicos estão sem reajuste desde janeiro de 2016 e acumulam perdas inflacionárias de 16%, segundo o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná. O governo Beto Richa suspendeu a data-base do funcionalismo desde então.
Nesta segunda-feira (21), Ratinho Jr novamente usou de cautela para falar do tema, como fez durante sua campanha eleitoral vitoriosa para o governo. “É claro que a gente tem a maior boa vontade de poder colaborar e sempre estar prestigiando de forma, inclusive, na sua remuneração, não só o Corpo de Bombeiros, os policiais, mas o servidor como um todo. Mas a gente tem que ter a responsabilidade para não colocar o Paraná em um prejuízo fiscal que possa comprometer as contas do Estado”, argumentou. “Mas tudo isso nós vamos fazer de acordo, obviamente, com os servidores, que são aqueles que tocam o dia a dia da máquina”, disse ele.
Renegociação
O governador também confirmou ontem a intenção de economizar R$ 100 milhões com a revisão de contratos de alimentação de presos do sistema penitenciário paranaense. “Todas as secretarias estão na fase de análise e revisão de contratos e de renegociações. Claro que a Secretaria de Segurança, por ter um volume de contratos, como tem também a Saúde, que são as Pastas mais importantes no sentido de tamanho, como a Educação também tem muitos contratos, eles estão sendo analisados”, explicou.
Segundo ele, o governo ainda está renegociando valores com os fornecedores. “Isso leva um certo período. Mas é bem provável que nos próximos dias a gente possa anunciar, não só na questão de refeições do sistema prisional, mas também de outras áreas uma série de economias”, previu.
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