O deputado Ratinho Jr (PSC), secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, admite disputar a eleição para a prefeitura de Curitiba em 2016. “Você com 38% (de intenção de voto) falar que não é candidato a nada é uma bobagem. Eu digo que é uma reflexão que tem que ser feita lá na frente. E uma avaliação que eu tenho que fazer não sozinho. Mas com as pessoas que fazem parte do nosso grupo político lá na frente, para lá em março, abril do ano que vem fazer uma análise mais profunda”, disse ao repórter Ivan Santos do Bem Paraná.
Ratinho Jr vinha sinalizando a intenção de “pular” a eleição do ano que vem para se concentrar no projeto político de concorrer à sucessão do governador Beto Richa (PSDB) em 2018. Mas agora,reconhece que não dá para ignorar o resultado do levantamento da Paraná Pesquisas, divulgado na última terça-feira, que o coloca na liderança das intenções de voto para a prefeitura da Capital, com 38% da preferência do eleitorado, contra 17% do atual prefeito Gustavo Fruet (PDT) e 10% do ex-prefeito e deputado federal Luciano Ducci (PSB).
Ratinho Jr disse que vai avaliar o cenário até abril do ano que vem para decidir o que fazer. O prazo estipulado pelo secretário – que saiu das urnas de outubro último com mais de 300 mil votos para deputado estadual e ainda garantiu para seu partido a maior bancada na Assembleia Legislativa, com doze cadeiras – não é gratuito. Abril é justamente o prazo limite estipulado pela legislação eleitoral para quem pretende disputar a eleição municipal se desincompatibilizar do cargo no Executivo.
“Eu tenho agora que fazer uma interpretação e com muito cuidado, porque eu fui o mais votado em Curitiba – uma votação histórica para deputado estadual na cidade – e fui o mais votado no interior”, reconhece o secretário. “Então eu tenho que agora entender essas demandas, vamos dizer assim, das pessoas que acreditaram em mim. Eu tenho um carinho por Curitiba muito grande, até porque foi aqui que eu cresci”, afirma, ressalvando, porém, achar “que é muito distante para a gente pensar nisso”.
Sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo governo nesse início de mandato, Ratinho Jr diz estar tranquilo. É que ao contrário de outras pastas, a Sedu não depende de recursos do caixa geral do Tesouro do Estado para tocar seus projetos, que são financiados por organismos nacionais e internacionais, através da Agência de Fomento. “Temos R$
400 milhões para este ano, o que é bastante dinheiro”, comemora.
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