Já faz algum tempo que o governador Ratinho Jr – até bem antes da posse – descobriu a fragilidade de sua base na Assembleia e se convenceu da necessidade de incorporar a ela a experiência de alguns deputados que estiveram do outro lado na disputa eleitoral. As informações são do Contraponto.
Com metade da Casa que a partir de 1.º de janeiro será formada por deputados novatos ou inexpressivos políticos paroquiais, o governador corre o risco de enfrentar dificuldades de diálogo em torno de projetos importantes e que digam respeito a políticas públicas que pretende implantar. Sabe que não pode contar exclusivamente com a ainda não comprovada capacidade de articulação do deputado Hussein Bakri, que escolheu para ser seu líder.
Por isso, Ratinho buscou e conseguiu aproximação com os cinco “cabeças” da Assembleia – deputados do PSB, partido que fez parte da coligação da adversária Cida Borghetti. Da tribuna muitas vezes, mas sobretudo nos bastidores, Luiz Cláudio Romanelli, Alexandre Curi, Tiago Amaral, Jonas Guimarães e Artagão de Mattos Leão acumulam quilometragens de vivência incomparavelmente maiores do que quase todos os demais deputados da Casa.
A inclusão da bancada do PSB na base dá segurança e tranquilidade a Ratinho para o trâmite rápido e favorável das matérias que propuser. Uma primeira reunião de trabalho com o líder Hussein Bakri serviu para inaugurar o arranjo.
E agora, com a presidência da Assembleia nas mãos do primeiro-aliado Ademar Traiano (PSDB do grupo Beto Richa, que abandonou Cida para ser cabo eleitoral de Ratinho), somada à experiência da turma do PSB, só falta ao governador sepultar de vez o sonho do enrolado bolsonarista Fernando Francischini de se eleger para a estratégica Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). É possível que, nos bastidores, Ratinho venha a atuar em favor de Tiago Amaral – um dos “cinco cabeças” do PSB.
link nota
https://contraponto.jor.br/ratinho-atrai-os-cinco-cabecas-da-assembleia-para-sua-base/
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