Rafael Greca de Macedo foi vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, ministro. Carreira que poucos políticos paranaenses realizaram.
Ganhou notoriedade porque, ao contrário da maioria dos políticos nativos, é um intelectual de consistente formação. Engenheiro, não é um técnico. Muito menos um tecnocrata. Nos debates públicos, destacou-se pela rapidez de raciocínio, presença de espírito, pela capacidade de dar respostas imediatas a qualquer provocação e em qualquer circunstância,
Da prefeitura saiu aclamado e recebeu uma votação estrondosa para deputado federal. Tropeçou, a seguir, no Ministério do Turismo e Esporte. Boas ideias mal executadas empanaram o seu brilho. Rafael não dominava o jogo político na República e perdeu-se nas contradições internas do governo FHC. Momento crucial na sua carreira foi a migração de uma corrente liderada por Jaime Lerner para o grupo comandado por Requião. Troca não assimilada pela maioria dos eleitores de Curitiba.
Agora, Rafael quer voltar pelo cargo que o consagrou. É candidato a prefeito de Curitiba pelo PMDB. E vem com ideias novas, diferentes, como a criação de uma “cidade em rede” e a construção de um metrô aéreo. Em qualquer outro candidato estas ideias soariam estapafúrdias. Em Rafael suscitam curiosidade. Algo é certo, Rafael Greca de Macedo deve mudar o tom monótono e modorrento do debate eleitoral.
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