Informações que chegaram a CPI da Urbsn apontam que o orçamento anual da autarquia é de R$ 100 milhões por ano e, conforme requerimento do vereador Valdemir Soares (PRB), o número deve ser apresentado detalhadamente pelo órgão ao colegiado. Para o parlamentar a solicitação é necessária para que se conheçam todos os contratos relacionados à manutenção e prestação de serviços desde janeiro de 2006 a julho de 2013, através de planilhas de despesas mensais da Urbs e do Fundo de Urbanização de Curitiba.
O vice-relator da CPI solicitou que sejam apresentadas nas planilhas o nome da empresa, tipo de contrato, objeto, valor, prazo, forma de pagamento, se há ou não correção do valor a pagar e, em caso positivo, como é feita a correção. O valor de R$ 100 milhões foi especificado superficialmente, no último encontro da Comissão, na qual foi trazida a informação de que 80% é gasto com despesas de pessoal – 1.500 funcionários, dos quais 400 são agentes de trânsito cedidos à Secretaria Municipal de Trânsito. E os outros 20% com custeio de contas de água, luz, telefone, aluguel de veículos, manutenção, entre outros.
Manobra
Os seis volumes dos relatórios contábeis recebidos em duas mil páginas foram vistas pelo vereador Valdemir Soares (PRB) como uma manobra para ocultar informações das empresas que operam no sistema de transporte coletivo em Curitiba. Ele cobrou novamente a disponibilização em mídia digital dos relatórios, pois segundo ele as pilhas de papéis dificultam o manuseio, a localização de palavras chaves e retardam as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal.