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Questão de sobrevivência

Começou o período de especulações sobre as pré-candidaturas e as definitivas e não seria diferente com o prazo se apertando. E nestas alturas, quem seriam os candidatos?

Vamos analisar o funil: No PT, embora o manifesto, a reunião do sábado e a declaração de candidatura própria, tudo continua praticamente na mesma, ou seja, o sai-não-sai de Samek e a possibilidade de lançamento de Gilmar Piolla ou Joel de Lima.

Há quem esfregue as mãos esperando uma brechinha, não na corrida eleitoral, mas para preencher uma vaga em Itaipu, já que todos os nomes do Partido dos Trabalhadores emergem da Binacional, anotou Rogério Bonato, em sua de hoje na Gazeta do Iguaçu.O que complica um pouco é o cenário ululante, que mantém algumas pessoas em cima do muro. Ninguém quer arriscar posição antes do quadro definido. Isso vai acontecer após a decisão dos petistas, e explico: dependendo da indicação, no caso, se o nome não for Jorge Samek, Paulo Mac passará linha e agulha no remendo, e deverá arriscar um candidato governista.

O problema é: quem? Ele acredita que com o governo que fez, elege sucessor de olhos fechados. Bom, todo mundo sabe que não é bem assim. Até elegeria, com o apoio da turma de Itaipu no palanque. Mas ainda falta alinhavar.

Aqui entre nós há uma equação difícil de ser resolvida: o nome de um vice para Samek e a escolha de um candidato que represente o governo.

Passando rapidamente o olhar por cima do queijo, as condições ainda são favoráveis para Paulo e seus discípulos. Até o momento, possui o apoio de 14 partidos, o que significaria de 70 a 80% do tempo de mídia eletrônica.

Um massacre, se contabilizarmos as inserções de 30 segundos; ela pulverizarão a opinião pública. Em tempos de Semana Santa, a dúvida é saber quantos Judas insurgirão desse vasto e complicado “apostolato popolare”; tomara ele não se converta em Torre de Babel.

Ruberlei Santiago, Osli Machado, Sidnei Prestes, Nanci Rafagnin Andreola, Chico Brasileiro, Joane Vilella, todos foram de uma forma ou de outra testados. A mosca conseguiu picar alguns e, alguns, picaram foi a mosca! Eu daria um pirulito para ver a lista do Paulo Mac, a dos nomes riscados e os demais. Ela não deve ser pequena e é certo que possui alguém escondido, preservado, longe do jogo de queimação e que possa ser aceito pelos demais.

Paulo aposta na união incondicional do PT e na indicação de um vice. No pacote deve estar o apoio para 2014, quando a cidade tentará eleger deputados estaduais e federais. Dizer que isso não faz parte do debate atual, seria como ouvir a mentira de uma estudante ginasial.

E Reni Pereira continua firme, é o único pré-candidato declarado até o momento, contando com o apoio do governo do Estado e  dos Ratinhos (pai e filho). Ele já se acostumou com o fator “espera”, advindo do complicado angu preparado de propósito, com a intenção de prorrogar as definições até os últimos minutos.

Mas atentem para uma realidade: até o momento, as coisas seguem um curso natural, baseado na cordialidade mantida nos últimos anos, na parceria entre município e Itaipu, na pluralidade de partidos que formam o governo, na linha que separa situação e oposição.

Um erro, uma vírgula antecipada, uma palavra no lugar errado, pode acabar com o jogo ajustado e deliberar a favor de uma enxurrada de candidaturas, com PT, PDT, PMDB, PSDB, PTB, DEM, PSD, PC do B, PPS, PSB, PCB, Psol, PV e toda a selva política em atividade. Em condições assim, seria mais fácil acertar na Mega-Sena, do que saber o nome do próximo prefeito de Foz. Podem apostar.

Em condições inesperadas, os iguaçuenses assistirão ao mais sórdido e insuportável jogo pelo poder, mas, claro, totalmente amparado pelos artifícios democráticos, com partidos e elementos na disputa apenas para destruir e desconstruir, acusações das mais diversas, enfim, não será possível deixar as crianças vendo televisão próximo ao horário eleitoral. Seria uma situação dantesca, se imaginarmos que o resultado das eleições visa melhorar a cidade.

Em razão de possibilidades assim é que se necessita calma, ponderação, conversa séria e aposta em alianças consistentes, objetivas, não importa o lado. Foz merece o que o futuro já está prometendo, mas para chegar até lá, devemos suplantar as diatribes políticas. Tomara, sobrevivamos.