Por Sérgio Pardellas na Isto É:
Até os petistas mais cautelosos davam como favas contadas o apoio do velho aliado de Lula no PMDB, o governador do Paraná, Roberto Requião, à candidata do presidente à sucessão de 2010. Mas um encontro no dia 6 de abril, em São Paulo, entre caciques do PMDB paulista e paranaense, selou a reviravolta. Hoje, Requião está mais próximo de fechar uma aliança com um dos pré-candidatos tucanos ao governo do Paraná, o senador Álvaro Dias ou o prefeito curitibano Beto Richa.
E, com isso, abrir um palanque forte para José Serra ou Aécio Neves no ano que vem. "Agora existe a possibilidade de um acordo com o PSDB, já que o PT está com Osmar Dias, nosso adversário aqui", admitiu Waldyr Pugliese, presidente do diretório paranaense do PMDB. Nessa negociação, a peça-chave foi o ex-governador Orestes Quércia. "Ele foi fundamental na aproximação do Requião com o Serra", atesta Pugliese.
O caso do Paraná não é isolado. Presidente do PMDB paulista, Quércia tornou-se um dos principais articuladores da campanha de Serra à Presidência. Ele joga combinado com Serra desde o apoio do PMDB à reeleição de Gilberto Kassab (DEM). A aliança em 2010 é fundamental para Quércia se eleger senador. Uma participação mais decisiva de Quércia nas costuras regionais, sobretudo com o PMDB , foi acertada num jantar na casa de Kassab no início de abril. (Leia mais)
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