… é só mais um colaboracionista
Do blog de Augusto Nunes:
A falta que faz um Mário Covas, lamenta a oposição real sempre que a oposição oficial tira o governo para dançar. Nesse minueto à brasileira, repetido há oito anos, apenas um dos parceiros se curva diante do outro, que retribui as reverências com manifestações de arrogância e para a música para berrar insultos quando lhe dá na telha.
Desde a ascensão de Lula ao poder, cabe ao PSDB o papel subalterno e ao PT o comando dos movimentos na pista. Assim será pelos próximos anos, avisou nesta semana a Carta de Maceió, redigida pelos oito governadores tucanos eleitos ou reeleitos em outubro.
Nessa versão 2010 do espetáculo da covardia, como observou Reinaldo Azevedo, não há um único parágrafo, uma só sílaba, sequer uma vírgula que impeça um Tarso Genro de subscrevê-lo.
O palavrório nem procura camuflar a rendição sem luta, a traição aos eleitores que souberam só agora que a relação com o governo de Dilma Rousseff, se depender dos tucanos, será regida pelo signo do servilismo.
“Um Estado como Alagoas, que concentra os piores indicadores sociais do país, não pode se dar ao luxo de brigar com o governo federal”, subordinou-se o anfitrião Teotônio Vilela Filho. “Nós dependemos, e muito, dos repasses de verbas e programas federais”.
Os convivas do sarau em Alagoas ainda não aprenderam que, segundo a Constituição, o Brasil é uma república federativa. Um governador não precisa prestar vassalagem ao poder central para receber o que lhe é devido, nem pode ser discriminado por critérios partidários. Um presidente da República que trata igualmente aliados e adversários não faz mais que a obrigação. (Leia mais)
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