por Karlos Kohlbach
A cada dia que passa a operação da Polícia Federal Lava-Jato chega mais perto das terras do Paraná. E nos próximos dias ela deve desembarcar e, como um furacão, arrastar muita gente para o epicentro de mais um escândalo de corrupção. A operação foi deflagrada no dia 17 e o estado do Paraná aparecia como apenas mais um alvo da ação dos federais. Os mais atentos perceberam que a cabeça da investigação estava toda ali em Curitiba, na sede da PF.
No mesmo dia, a imprensa divulgou que se tratava de uma operação para prender uma organização criminosa que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro – nada menos que R$ 10 bilhões. O alvo central era o doleiro Alberto Youssef, um velho conhecido dos paranaenses – envolvido com o desvio bilionário do Banestado. Era ele quem, segundo a PF, comandava a lavagem de dinheiro, por meio de lavanderias (que ironia) e postos de combustíveis espalhados por alguns estados do país.
Mas para quem Youssef lavava tanto dinheiro? A PF já detectou a participação de um dos homens fortes da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que está preso. Ao que parece, a operação deve agora ter contornos políticos. Para quem Youssef lavava dinheiro? Quem eram os seus clientes? É esta resposta que deve começar a aparecer na imprensa nos próximos dias. E é isto que tem tirado o sono de alguns poderosos do Estado do Paraná. Aguardemos as cenas e os áudios dos próximos capítulos.