Por Felipe Ribeiro e Juliano Cunha, da Banda B
O prefeito de Chopinzinho, no sudoeste do estado, Leomar Bolzani (foto), do PSDB, teria pago R$ 6,5 mil pelo assassinato do procurador da cidade, Algacir Teixeira de Lima, 51 anos. A informação foi divulgada pela Secretaria da Segurança Pública, que apontou ainda que o motivo do crime seria uma queima de arquivo, já que a vítima estaria repassando informações de desvios dos cofres públicos ao Ministério Público do Paraná. Além do prefeito, outras seis pessoas foram detidas.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Júlio Cezar dos Reis, todas as evidências apontam para o prefeito como mandante do crime. A primeira encomenda teria sido feita ainda em dezembro do ano passado, mas após cobrança realizada a cerca de dez dias, o crime foi executado. “Até o momento, todos os presos levam a ele, mas o prefeito se utiliza do direito de permanecer calado. Agora cabe ao delegado pedir prisão preventiva, já que ele está preso por cinco dias devido ao foro privilegiado”, comentou.
O mandado de prisão contra Bolzani neste domingo (22), na casa dele. A ordem de prisão foi decretada pelo Tribunal de Justiça do Paraná. O prefeito permanecerá na sede da subdivisão da cidade de Pato Branco.
De acordo com a polícia, o crime aconteceu na residência do procurador, invadida por Darci Lopes Aquino, de 35 anos, que efetuou diversos disparos no momento em que Lima chegava em casa com as duas filhas. Dois comparsas esperavam o autor do homicídio ao lado de fora do local.
Segundo o secretario Fernando Francischini, a investigação aponta que seriam vários crimes contra a administração pública e o procurador vinha denunciando as ações. “O Ministério Público fez o bloqueio de bens e agora esperamos detalhar quais os crimes que eram cometidos na prefeitura. Com certeza envolve o dinheiro público, senão o bloqueio não teria acontecido quatro dias antes da morte do procurador”, explicou.
Além do prefeito e de Aquino, foram presos: Jeferson Rosa do Nascimento, 22 anos; João Rosa do Nascimento; Elvi Aparecida Haag Ferreira, 41 anos; Nilton Ferreira, 47 anos; e Geovane Baldissera.
Triste foi a assassinato do Procurador do Município e mais triste e constrangedor ainda é o fato de que pessoas recebam pela morte de um Advogado o valor de R$6.500,00 (Seis mil e quinhentos reais). A vida de um ser humano não tem preço para ser tirada por dinheiro, qualquer que seja o valor. Precisa ter coragem, covardia ou o quê para tal cometimento?