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QUEDA NAS BOLSAS COMEÇA ATINGIR ECONOMIA REAL

QUEDA NAS BOLSAS COMEÇA ATINGIR ECONOMIA REAL

Por Casemiro Linarth

Hoje (16 de outubro) as bolsas do mundo viveram mais um dia negro. Houve quedas nas bolsas de todos os países europeus: 5,92% em Paris, 4,91% em Frankfurt, 5,35 em Londres. Ontem, as bolsas européias já haviam perdido de 5 a mais de 8% e Wall Street 7,87%. Em Tóquio, a queda hoje foi de 11,41%. A Bovespa, no Brasil, teve sorte: fechou em baixa de cerca de 1%, depois do tombo de 11,39% na quarta-feira. Explicação dos especialistas para estas últimas quedas: ameaça de uma recessão mundial.

Hoje, as manchetes dos principais jornais europeus começaram a destacar que a queda das bolsas está começando a atingir a economia real. Isto é, a economia do dia-a-dia de cada pessoa. Nos Estados Unidos, um dos primeiros setores a ser atingido foi o industrial. Assim, a produção industrial estadunidense registrou o seu mais forte recuo em setembro desde 1974, uma queda de 2,8%. E a atividade industrial da região da Filadélfia se contraiu fortemente em outubro, dando uma indicação para o mês em curso.

Na Europa, os vinte e sete países da União Européia, no final da cúpula de Bruxelas, pediram à Comissão Européia que apresente até o fim do ano propostas para apoiar a atividade econômica, a competitividade e o emprego. “É a economia real, do dia-a-dia, que está ameaçada”, dizem os especialistas.

A Alemanha revisou suas previsões de crescimento para baixo em 2009. O ministério da economia não espera uma progressão maior de 0,2% do PIB, uma redução radical, pois a previsão inicial era de 1,2% para 2009. Algumas empresas já estão tomando atitudes de desaquecimento, suprimindo empregos e privilegiando as demissões voluntárias. O gigante da hotelaria, Accor, já baixou sensivelmente suas ambições de lucro para 2009.

A crise de crédito continua a pesar sobre a situação dos bancos. O USB e o Credit Suisse, os dois principais bancos suíços, anunciaram novas injeções de capitais. Nos Estados Unidos, os bancos Merril Lynch e Citigroup publicaram resultados negativos de terceiro trimestre, acusando déficits de 5,2 e 2,8 bilhões de dólares no terceiro trimestre. Isso vai afetar os empréstimos para as empresas, que reduzirão sua produtividade e eliminarão postos de trabalho. Os exemplos são da Suíça e dos Estados Unidos, mas a situação não é diferente em outros países.

Outro sintoma da crise é a antecipação de uma queda acentuada da demanda de petróleo. O preço do barril, que havia chegado a 147 dólares em julho, valia menos de 67 dólares ontem à noite (15) em Londres e cerca de 70 dólares em Nova York.]

A economia mundial está em desaquecimento forte, como confirmam as últimas estatísticas do Fundo Monetário Internacional (FMI): +5,1% em 2006, +5% em 2007, +3,9% em 2008 e + 3% previstos para 2009. A crise financeira que se manifestou no mercado dos Estados Unidos de empréstimos hipotecários de risco em agosto de 2007 contaminou a economia real tanto dos países mais desenvolvidos como dos países ditos em desenvolvimento.

Como declarou diversas vezes o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, nenhum país está livre do desquecimento em curso, pois a globalização tornou as economias dependentes umas das outras. Mesmo os crescimentos formidáveis da China e da Índia começaram a sofrer com o declínio da demanda nos Estados Unidos e do encarecimento das matérias-primas. Segundo o diretor do FMI, em 2009 o desaquecimento atingirá o mundo inteiro, com raras exceções de alguns países da África, da América Latina (Bolívia) e da Ásia (Nepal).

Um consolo: o FMI prevê uma lenta retomada da economia nos Estados Unidos só na segunda metade de 2009.

QUEDA NAS BOLSAS COMEÇA ATINGIR ECONOMIA REAL

Por Casemiro Linarth

Hoje (16 de outubro) as bolsas do mundo viveram mais um dia negro. Houve quedas nas bolsas de todos os países europeus: 5,92% em Paris, 4,91% em Frankfurt, 5,35 em Londres. Ontem, as bolsas européias já haviam perdido de 5 a mais de 8% e Wall Street 7,87%. Em Tóquio, a queda hoje foi de 11,41%. A Bovespa, no Brasil, teve sorte: fechou em baixa de cerca de 1%, depois do tombo de 11,39% na quarta-feira. Explicação dos especialistas para estas últimas quedas: ameaça de uma recessão mundial.

Hoje, as manchetes dos principais jornais europeus começaram a destacar que a queda das bolsas está começando a atingir a economia real. Isto é, a economia do dia-a-dia de cada pessoa. Nos Estados Unidos, um dos primeiros setores a ser atingido foi o industrial. Assim, a produção industrial estadunidense registrou o seu mais forte recuo em setembro desde 1974, uma queda de 2,8%. E a atividade industrial da região da Filadélfia se contraiu fortemente em outubro, dando uma indicação para o mês em curso. Confira a íntegra do artigo clicando no

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