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Qual Gleisi fala a verdade?

Qual Gleisi fala a verdade?

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) tenta surfar com críticas ao pacotes de ajustes do Paraná, mas no mesmo Senado, faz a defesa empertigada do pacote de maldades do governo Dilma (PT) que corta R$ 18 bilhões de direitos dos trabalhadores brasileiros. É mais uma contradição da petista, entra tantas. “Eu lamento muito essa situação (o pacote do Governo do Paraná). É uma desfaçatez que a oposição venha nesta Casa criticar o governo federal e não olhar o que os seus governadores estão fazendo nos estados”, disse ela na tribuna do Senado.

Mas sobre o pacote de Dilma, Gleisi teve a coragem de dizer: “Alguma coisa precisa ser feita, porque na realidade isto está estimulando também o conluio muitas vezes entre patrões e empregados, que dispensam seus empregados até a pedidos destes, para que estes empregados recebam o salário e possam continuar trabalhando sem assinatura na carteira”. Ou seja, Gleisi ataca empresários e trabalhadores, mas também não diz sobre a série de privilégios dos professores estaduais, como os vales-transporte nas férias e nos afastamentos.

Veja as medidas que provocam cortes de R$ 18 bilhões dos direitos dos trabalhadores brasileiros, já anunciados pela presidente Dilma (PT), e que Gleisi insiste em defender.

• o aumento da carência do trabalhador que tem direito a receber o abono salarial. Antes, quem trabalhava somente um mês e recebia até dois salários mínimos poderia receber o benefício. Agora, o tempo será de no mínimo seis meses ininterruptos.

• pagamento proporcional ao tempo trabalhado, do mesmo modo que ocorre atualmente com o 13º salário, já que pela regra atual o benefício era pago igualmente para os trabalhadores, independentemente do tempo trabalhado.

• o seguro-desemprego também sofrerá alterações: passa de seis meses para 18 meses o prazo em que o trabalhador pode solicitar o benefício pela primeira vez.

• na segunda solicitação, o período de carência será de 12 meses. A partir do terceiro pedido, a carência voltará a ser de seis meses.

• o trabalhador não poderá acumular benefícios

• o governo vai criar uma carência de dois anos para quem recebe pensão por morte. Será exigido tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para que os dependentes recebam a pensão.

• o auxílio-doença também sofrerá alteração. O teto do benefício será a média das últimas 12 contribuições, e o prazo de afastamento a ser pago pelo empregador será estendido de 15 para 30 dias, antes que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passe a arcar com o auxílio-doença.