De Roseli Abrão, no Hora H:
O presidente do PMDB paranaense, deputado Waldyr Pugliesi, denuncia que está em curso uma versão política do “golpe do bilhete premiado”. O principal “golpista”, segundo ele, é o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, que estaria cooptando membros do PMDB para se filiarem ao PV, partido pelo qual irá disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa nas eleições do ano que vem.
O “golpe” funciona assim: se no PMDB será necessário no mínimo 50 mil votos para se eleger, no PV baixa para oito mil votos. É eleição certa, argumenta-se. Pugliesi, no entanto, alerta que tudo isso não passa de um golpe porque “não existe eleição fácil”.
— É a versão política do bilhete premiado. Estão cooptando incautos, mas na verdade o que se busca é fazer legenda para (Rasca) se eleger, denunciou. Pugliesi ainda não tem um levantamento de quantos militantes o PMDB já perdeu e não só pela ação de Rasca Rodrigues, mas de outros partidos.
Mas a certeza é que “muita gente que estudava a possibilidade de se candidatar pelo PMDB já desistiu”. O argumento de que o PMDB, que tem, hoje, uma bancada de 18 deputados, tem uma chapa pesada, não prevalece, segundo Pugliesi.
Mesmo que o partido deseje eleger novamente a maior bancada “muitos dos que são, não serão, e muitos dos que não são, serão”, filosofou.
— A venda de uma eleição fácil não existe nem aqui nem no inferno, garantiu.
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