No Brasil, o conceito de economia circular – modelo em que os recursos usados para a produção são reaproveitados, reutilizados e reciclados, evitando a geração de resíduos – ainda é pouco conhecido. O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) busca referências em países que há mais tempo trabalham com o tema para trazer a prática à região Oeste do Paraná. Na última semana, o PTI e o Instituto Aplicado de Gestão e Fluxo de Materiais (IfaS), da Alemanha, definiram algumas estratégias para formalizar essa troca de conhecimento.
Em reunião com a diretora de projetos do Instituto IfaS na América Latina, Jackeline Martinez Gomez, realizada em Curitiba, o diretor superintendente do PTI, Jorge Augusto Callado, discutiu as possibilidades de projetos integrados entre as instituições nas áreas de economia circular, edificações sustentáveis e energia solar.
Entre os encaminhamentos propostos, estão a realização de um treinamento técnico para colaboradores do PTI na Alemanha, em que serão tratados os temas de economia circular, edificações zero emissões, gerenciamento de fluxos de materiais, eficiência energética, energias renováveis e gestão integrada de recursos – incluindo águas residuais e resíduos sólidos municipais.
A partir dessa capacitação, serão definidos dois projetos prioritários a serem trabalhados em parceria entre as instituições no próximo ano. Para a viabilização dessa iniciativa, será criado um programa de intercâmbio profissional para o desenvolvimento e a construção desses projetos nas instalações do Instituto IfaS, na Alemanha.
Oeste do Paraná
A parceria entre o PTI e o Instituto IfaS vai ao encontro da missão do Parque de promover o desenvolvimento territorial sustentável e prevê a construção de um plano estratégico em conjunto com a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) para desenvolver na região o modelo da economia circular, proposta econômica em que é feito o aproveitamento máximo do valor e utilidade dos recursos extraídos da natureza para produção.
Esse plano também envolve o incentivo na região à produção da bioenergia – obtida a partir de substâncias que têm origem orgânica, como restos florestais e agrícolas, excrementos de animais e o bagaço da cana de açúcar.
“Essa parceria é um importante avanço para a internacionalização do PTI, que busca referências e recursos internacionais para execução de projetos voltados ao desenvolvimento territorial sustentável”, reforça o diretor superintendente do Parque, Jorge Augusto Callado.
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