Em meio ao início da campanha eleitoral em São Paulo, a bancada do PT na Assembléia Legislativa acusa o Metrô de assinar um contrato com a Alstom, em 1994, sem data de término e nem o valor da obra. Segundo o PT, o contrato valeu até 2006 e custou aos cofres do Estado em torno de R$ 84 milhões.
Ao saber da acusação, o governador José Serra (PSDB) afirmou ontem que o PT sempre foi contra a ampliação do Metrô na cidade a apontou para a ex-prefeita da cidade entre 2001 e 2004, Marta Suplicy, que tenta voltar ao comando da capital nas eleições de outubro.
Segundo o governador, o partido faz tudo para atrapalhar o Estado. Ele acusa a ex-prefeita de não ter investido um tostão na ampliação da rede de Metrô. Neste ano, o prefeito Gilberto Kassab, candidato a mais um mandato, prometeu investir R$ 1 bilhão dos cofres da prefeitura em novos projetos.
Na Assembléia Legislativa, o PT apresentou um documento do Tribunal de Contas do Estado em que o contrato em questão tinha apenas um valor estimado e sem prazo determinado. Os petista dizem que tal prática é vedada pela Lei de Licitações. A bancada petista tenta criar uma CPI na Assembléia Legislativa para investigar supostas irregularidades de contratos de empresas estaduais com a multinacional francesa Alstom.
A Alstom teria usado seis empresas offshore para repassar propinas a autoridades e políticos paulistas, no período entre 1998 e 2001. O valor dos pagamentos pode ter chegado a aproximadamente R$ 13,5 mi. De acordo com documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça, duas dessas empresas seriam controladas por brasileiros. Os pagamentos teriam sido feitos através de trabalhos de fachada, como consultorias.
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